Depois de realizar uma investigação sobre as ideologias de esquerda no Brasil no best-seller Esquerda caviar, o economista Rodrigo Constantino volta suas análises a um mito da cultura nacional: o conhecido jeitinho brasileiro. Em Brasileiro é otário?, que chega às livrarias nesta semana pela Record, ele pretende mostrar que esta característica tipicamente brasileira – muitas vezes descrita como jogo de cintura ou malandragem – não deve ser motivo de orgulho. E é, na verdade, segundo ele, em muito responsável pelo atraso e diversos dos problemas do país.

Constantino divide seu ensaio em várias partes. Na primeira, fala sobre as origens do jeitinho, que, para ele, passam pela burocracia, pela legislação extensa demais e pelo papel gigantesco do Estado na vida dos cidadãos. Depois, enumera os efeitos desta esperteza na sociedade. Nesta parte, o autor ataca o que chama de coitadismo, o nacionalismo excessivo e a atuação dos sindicatos.