O ex-ministro do planejamento do governo Lula, Paulo Bernardo, foi indiciado pela Polícia Federal na Operação Custo Brasil por suposto desvio de R$100 milhões de empréstimos consignados entre 2010 e 2015. O ex-ministro foi enquadrado pela PF por organização criminosa e corrupção passiva.

Cabe no momento ao Ministério Público analisar o inquérito da Custo Brasil enviado à Justiça Federal na última setxa-feira (22) para decidir se o ex-ministro e outros envolvidos na operação, entre eles o ex-tesoureiro do PT Paulo Freire, serão denunciados.

Sob suspeita de ter recebido proprinas de R$7,1 milhões do esquema Consist, Paulo Bernardo foi preso no dia 23 de julho pela Operação Custo Brasil. A Consist, empresa de software contratada pelo ex-ministro durante sua gestão em 2010 para administrar contratos de consignados com entidades de bancos e previdência – Associação Brasileira de Bancos Comerciais e para o Sindicato das Entidades de Previdência Privada.

Paulo Bernardo foi ouvido pela PF na semana passada, e negou o recebimento de propinas do esquema dos consignados. De acordo com o ex-ministro, “O Ministério do Planejamento nunca contratou a Consist.”.

Defesa

A advogada Verônica Abdalla Sterman afirmou em nota que “O ex-ministro Paulo Bernardo reitera que não participou ou teve qualquer ingerência na celebração ou manutenção do acordo de cooperação técnica celebrado autonomamente entre a Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e as associações de Bancos e Previdência (ABBC e SINAPP). Também reitera que não recebeu qualquer quantia da Consist, direta ou indiretamente.”