AGUIRRE TALENTO E MACHADO DA COSTA
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – A Polícia Militar de São Paulo prendeu, neste sábado (30), o bósnio Nikola Ceranic, acusado em seu país por crimes de guerra contra a população civil durante os conflitos que culminaram na separação da ex-Iugoslávia. Ele foi detido em Indaiatuba (SP), município da região de Campinas.
Em nota, a PGR (Procuradoria Geral da República) explica que a prisão para extradição do acusado foi decretada em 22 de julho pelo STF (Supremo Tribunal Federal), um dia após o Gaeco (Grupo de Atuação Especial contra Organizações Criminosas) ter localizado Ceranic. De acordo com o órgão, o acusado estava foragido desde 1992.
A ordem de prisão foi expedida pelo presidente do STF, Ricardo Lewandowski. A relatora do caso é a ministra Carmen Lúcia.
A extradição ainda depende de decisão do STF. A PGR deve se pronunciar durante o processo e o preso ainda terá o direito de se defender. O Ministério da Justiça e o Itamaraty serão os órgãos responsáveis por repassar as informações do processo ao Ministério Público da Bósnia-Herzegóvina, quem requereu originalmente a prisão de Ceranic.
O órgão bósnio acusa Ceranic por homicídio durante a guerra dos Bálcãs, em 1992.
A prisão de Ceranic foi resultado de uma operação conjunta do MPF (Ministério Público Federal), do MP-SP (Ministério Público do Estado de São Paulo) e da PM.
Depois de capturado, Ceranic foi encaminhado à delegacia da Polícia Federal em Campinas. Agora, ele está sob a custódia do Supremo.