Você pode enxergar o Rio de maneiras diferentes: há o Rio da bala perdida, da droga, do arrastão na praia, nas ruas e nos shoppings; do roubo de celulares, correntes, máquinas fotográficas e relógios; do trânsito enlouquecido; das favelas em guerras constantes; da injustiça; dos sequestros relâmpago, que muitas vezes terminam no famoso micro-ondas; dos desempregados; dos hospitais referência internacional abandonados e da falta de atendimento aos milhares de doentes; o Rio da bancarrota política, financeira e do político cara de pau.

E há o Rio de belezas únicas, da grandeza escancarada entre o céu, o mar e as montanhas. O Rio da arte e da história, da festa permanente, do charme próprio que não se repete em nenhum outro lugar do planeta. O Rio da praia diária, do chopinho gelado, das mulheres bonitas, dos homens sarados jogando bola na areia. O Rio da Moda, da música, do encantamento, dos bons restaurantes, dos bares e botecos. Da batucada, do futebol, dos museus, das tradições, das inovações, dos requintes e da rusticidade. O Rio do Carnaval de desfiles e blocos de rua.O Rio olímpico.

O Rio capital do Império mostra até hoje os modos da corte portuguesa e a influência da cultura francesa, tudo combinado na tropicalidade. A cidade continua misturando o nobre com o popular e faz festa no chorinho, na água de coco depois da caminhada matinal, no churrasquinho na lage. Mostrando modernidade no museu assinado por Calatrava, o arquiteto espanhol que transformou o centro antigo do Rio e virou moda.

O Rio de Janeiro é também a concentração de igrejas que lembram a origem europeia. A visita principal deve ser para o Mosteiro de São Bento, um verdadeiro monumento de arte religiosa. São famosas as missas cantadas, aos domingos. Outro marco é a Igreja de Nossa Senhora do Brasil, na Urca. E ninguém vai ficar indiferente à Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro, no bairro do Russel, lugar preferido para o casamento de ricos e famosos. No roteiro, Igreja e Convento de Santo Antônio, no largo da Carioca, Igreja Nossa Senhora de Bonsucesso, na rua Santa Luzia, Igreja Nossa Senhora da Luz, no Alto da Boa Vista e Igreja São Francisco de Paula, no largo de mesmo nome.

Se o programa cultural é seu forte, coloque na lista de visitas, além do novo museu já famoso, o Centro Cultural Banco do Brasil, a Casa do Saber, o Sesc Copacabana, o Museu de Arte Moderna, a Cinemateca, as livrarias tradicionais no centro e em Copacabana.

REAL GABINETE
O Real Gabinete Português de Leitura, instalado há mais de 190 anos na rua Luís de Camões, 30, é destaque no centro da cidade. Fica bem próximo da região de comércio popular, conhecida como Saara. A obra rara da biblioteca é primeira edição de Os Lusíadas de 1572, que pertenceu à Companhia de Jesus e é uma das cinco existentes no mundo. Outra raridade é Ordenações de D. Manuel, de Jacob Cromberger, editadas em 1521. Os Capitolos de Cortes e Leys que sobre alguns delles fizeram editado em 1539, Verdadeira informação das terras do Preste Joam, segundo vio e escreveo ho padre Francisco Alvarez (1540), os manuscritos autografados do Amor e Perdição, de Camilo Castelo Branco e o Dicionario da Língua Tupy, de Gonçalves Dias, também figuram entre as obras raras. Para os estudantes e pesquisadores de hoje, a biblioteca está informatizada.

Mas não apenas o acervo bibliográfico que impressiona, com suas raridades e preciosidades, manuscritos, cartas, primeiras edições. O Real Gabinete também tem importante coleção de numismática e pinturas de Malhoa, Carlos Reis, Oswaldo Teixeira, Eduardo Malta e Henrique Medina. Um destaque é o Relicário da Saudade, em homenagem a Sacadura Cabral, com um pergaminho com as assinaturas de Pio XII, D. Manuel II de Portugal, D. Afonso XIII da Espanha e Alberto I da Bélgica. O Altar da Pátria, peça em prata cinzelada e marfim, com 1,70 m de altura, evoca os feitos dos navegadores portugueses e fez parte da Exposição Internacional do Centenário da Independência do Brasil. Uma placa oval de prata e marfim, faz homenagem a Camões, com cenas mitológicas representando o Olimpo.

Além de editar revistas periódicas, promove cursos e atividades culturais sobre Literatura, Língua, História, Antropologia e Artes, visando principalmente o estudante universitário.

RIO PASSEIA NA HISTÓRIA
O centro da cidade guarda muito do Rio dos anos de ouro. Um a caminhada pelas ruas centrais revela lugares históricos e centenários, que preservam glamour e contam o passado da cidade que até 1960 foi capital do país. São ruas, cafés, restaurantes e bares que recebiam figuras ilustres, intelectuais, políticos importantes que definiram rumos do Brasil imperial. Aproveite a hora de um almoço, um café, um chope com os amigos, para visitar o outro lado do Rio.

D. Pedro II, Carlos Drumond de Andrade, Juscelino Kubitschek, Olavo Bilac eram clientes de sempre da Casa Cavé, uma confeitaria inaugurada em 1860 na rua Sete de Setembro 133, para comer os pastéis de Belém e os famosos doces ratinho, de pão de ló e especiarias. Um século e meio depois, a confeitaria ponto de encontro da sociedade que não existe mais, voltou para seu endereço original, depois de ficar 15 anos em outra casa. O prédio foi restaurado, as receitas centenárias foram mantidas e tradições portuguesas entraram no novo cardápio, como o sanduíche Francesinha, com filé mignon, linguiça defumada, queijo, presunto e molho de cerveja, nas três fatias de pão feito em casa. Outro sucesso é o Befine, com filé mignon, queijo cottage, gorgonzola, cebolinha, alho frito em pão ciabata feito com iogurte. Nos pratos mais substanciosos, o bacalhau fresco com molho de laranja e maracujá.

Mas o ícone do centro carioca continua sendo a Confeitaria Colombo, que teve companhia do Lamas e do Bar Luiz. A Colombo está na Gonçalves Dias desde 1894. Espelhos belgas enormes nas paredes, mesinhas com tampo de mármore italiano, vitrais coloridos na claraboia fizeram o ambiente perfeito para o club sanduíche, a coxinha, o chope bem tirado, o chá da tarde e a feijoada aos sábados. Colombo lembra a cidade das pompas, do estilo, dos gostos aristocráticos. Dos tempos da arquitetura art nouveau e dos móveis antigos. Na mesa 38 sentava Getúlio Vargas e também Virginia Lane. Juscelino preferia a mesa 23. Marta Rocha, Sofia Loren e Leila Diniz também tinham espaço reservado. A Colombo é uma das confeitarias mais antigas da América Latina, onde todos pediam o café da manhã, servido entre 9 e 11 horas. Depois o sucesso é para o chá da tarde, muitas vezes com música ao vivo. Na hora do almoço, pratos tradicionais. E quando for embora, o cliente sempre acaba levando um pouco do sabor local para casa: marmelada, figada, doce de leite, salgadinhos e doces.

NA BEIRA DO MAR
Inaugurado em 1908 com projeto de Grandjean de Montigny, o Albamar conquistou o Rio com seus pratos de peixes e frutos do mar e a paisagem única, vista do restaurante no piso superior. O antigo mercado de peixes de planta quadrada com quatro torreões octogonais de ferro importados da Antuérpia (Bélgica), mudou de donos, passou por reforma e hoje chama Ancoramar. Na praça Quinze, o restaurante ganhou requintes na decoração. Com o fim do mercado, demolido em 1963, o restaurante foi salvo pelos 17 funcionários que formaram uma cooperativa e levaram adiante a tradição.

As mesas junto aos janelões abrem horizonte para a baía da Guanabara, a Ilha Fiscal, a ponte Rio-Niterói e a estação das barcas que ligam o Rio a Niterói e à ilha de Paquetá. Um plus aos pratos de badejo à moda da casa, do peixe com molho de camarão, do arroz com polvo e brócolis. E já que o visitante vai estar na Praça Marechal Ancoradouro 184, uma boa opção é pegar um barco tripulado por membros da Marinha Brasileira e ir até a Ilha Fiscal, uma viagem de apenas 10 minutos.

A ILHA DO ULTIMO BAILE
O antigo posto da aduana foi desativado e o pequeno prédio verde esmeralda foi palco do último baile do Império, evento reproduzido em uma imensa tela exposta em uma de suas salas. Inaugurado em 1889 o prédio teve projeto de Adolfo del Vecchio, misturando estilo gótico e mudéjar, com trabalho de cantaria em pedras de granito fluminense, do norte do estado e dos morros desbastados para a construção de túneis.

Os vitrais foram criados no Brasil, mas executados na Inglaterra e mostram o Imperador D. Pedro II e a Imperatriz com os respectivos brasões: a flor de Liz e o dragão. Sempre causa admiração o assoalho, feito com peças de madeira brasileira de várias cores, formando um mosaico com as principais árvores de nossas matas, a maioria em extinção.

No museu o destaque é a galeota usada por D. João VI, o rei português que fugiu de transferindo a corte para o Rio de Janeiro, em seus passeios pela baía de Guanabara. O museu tem no acervo miniaturas de navios que marcaram a história das navegações, peças resgatadas em navios naufragados no litoral brasileiro e amostra em miniaturas de embarcações típicas das vários regiõesdo Brasil em rios e no mar.

No centro, continue em direção da rua Primeiro de Março, onde o prédio neoclássico abriga o Centro Cultural do Banco do Brasil – CCBB, onde sempre há grandes exposições, mostras de peças de teatro, filmes. Siga então para a Candelária, na esquina com a Avenida Presidente Vargas e visite a igreja de 1898, recentemente restaurada. O prédio em forma de cruz latina foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan. O passeio na região é completado pelas comprinhas no Saara, uma espécie da paulista 25 de Março.

A pompa máxima do Rio foi o Copacabana Palace, monumento de toda uma era. Disputa com o Real Gabinete Português de Leitura o título de prédio mais bonito do Rio. Quem é estrangeiro de verdade ou na sua própria terra, vai fazer o roteiro Corcovado, Prainha, Floresta da Tijuca, Escola de Samba, Pedra Bonita, Pedra do Arpoador,Pão de Açúcar, Pedra da Guaratiba e Lapa.


DESTAQUE

Lugar privilegiado, desvendando panorama único, igreja de casamentos dos ricos e famososCasa Cave, uma das mais antigas confeitarias do Rio, voltou ao endereço tradicional, repaginado para a modernidade mas clássico no ambienteSuntuoso o interior da Confeitaria Colombo, verdadeira ponte entre o Brasil Império e o mundo modernoO restaurante frente ao mar mudou de nome, mas mantém o endereço e os pratos de peixes e frutos do mar como há cem anos

PRIMEIRO NORWEGIAN NAVEGA NO BRASIL
Norwegian Sun faz temporada 2016-2017 pela primeira vez em águas brasileiras e vai mudar, para sempre, o conceito de um cruzeiro marítimo. Sem horários para refeições pré determinados, destacando seus restaurantes especiais, renovando entretenimentos e garantindo conforto, o navio da NCL vem trazendo liberdade. Que é tudo o que se espera de umas merecidas férias.

Você escolhe o restaurante, fica na mesa com quem tem alguma afinidade, pede o que quiser degustar.O restaurante principal é o Four Seasons, mas as especialidades ficam no Teppanyake, Moderno (churrascaria brasileira), Las Ramblas, Cagney’s Steakhouse. Na hora do divertimento, instalações para todas as faixas de idade. Afinal são 14 opções de restaurantes, 12 bares e lounges, um Spa Body Waves e, é claro, um cassino Sun Club.

Com 953 tripulantes, 1.936 cruzeiristas em acomodações duplas, o Norwegian Sun foi renovado em 2016, tem 33 metros de largura, 260 metros de comprimento e 78.309 de tonelagem bruta.

Os ricos e famosos ficam na Owner’s Suites, com varanda que acolhe até quatro passageiros. O espaço é dividido em sala de estar, sala de jantar, quarto separado com duas camas, que podem se transformar em cama queen. Tudo com serviço de mordomo e concierge. A Penthouse é o luxo em alto mar, com varandas privativas. Na mini suíte as portas-janelões abrem horizonte para a paisagem marinha, sempre em mutação. A cabine Varanda tem portas de vidro do chão ao teto, dando para varanda privativa. Já as cabines Externas têm espaço bem dividido e panelas normais. Cabines internas são equipadas com televisão e sala de estar.

Nos roteiros, lugares especiais da América do Sul, incluindo praias ensolaradas no Rio de Janeiro, parillas em Montevidéu e tango em Buenos Aires. A viagem partindo do Rio de Janeiro, com 10 noites a bordo, inicia em 13 de dezembro, passando por Búzios,Ilha Grande, Santos,Buenos Aires . No sentido inverso, de Buenos Aires para o Rio de Janeiro, o cruzeiro terá saída no dia 3 de dezembro. Serão dez noites com tarifa a partir de 4.035 reais. Consulte outras datas no www.ncl.com.br

Mas há também cruzeiros pela Patagônia, saindo de Valparaíso e Buenos Aires, durante 15 noites. A partida de Valparaiso será em 19 de novembro ainda em 2016. Em 2017, 21 de janeiro e 9 de março. De Buenos Aires os cruzeiros iniciam em 6 de janeiro, 22 de fevereiro e 10 de abril. No roteiro, Puerto Montt, Ushuaia, ilhas do Estreito de Beagle, tudo repleto de aves, focas, leões marinhos. E dá para passear nas Malvinas, visitar a Casa Rosada em Buenos Aires, aproveitar a Ciudad Vieja de Montevidéu e conhecer uma vinícola uruguaia. Feel Free para pedir informações sobre os roteiros de 7 a 14 noites pelo (11) 3253-7203.