ESTELITA HASS CARAZZAI CURITIBA, PR (FOLHAPRESS) – No primeiro dia de propaganda eleitoral em Curitiba, os principais líderes políticos do Paraná sumiram das inserções -a exceção foi o ex-senador Osmar Dias (PDT), o único a aparecer num depoimento de apoio ao candidato Gustavo Fruet (PDT).

O governador do Estado, Beto Richa (PSDB), que foi prefeito de Curitiba entre 2005 e 2010, não foi citado por nenhum dos concorrentes. O tucano, que encerrou seu mandato como o prefeito com maior aprovação do país, perdeu popularidade depois de um confronto com professores estaduais, no ano passado. Em Curitiba, Richa apoia o candidato Rafael Greca (PMN). O PSDB indicou o candidato a vice, Eduardo Pimentel.

Greca, também ex-prefeito da capital paranaense, preferiu destacar no primeiro programa eleitoral suas realizações à frente da cidade, entre 1993 e 1996. O programa de Fruet também exibiu o depoimento de outro tucano: Euclides Scalco, um dos fundadores do PSDB. Ele, que se afastou da direção do partido no Paraná, atua como coordenador informal da campanha do pedetista.

SEM CACIQUES

Com tempo curto, de no máximo dois minutos, os candidatos enfatizaram suas biografias e destacaram “a Curitiba que queremos”. Nem mesmo Maria Victória (PP) ou Requião Filho (PMDB) mencionaram seus pais -o ministro da Saúde, Ricardo Barros, e o senador Roberto Requião. Requião Filho chegou a comentar o desafio de cativar o eleitor nesta campanha. “Quem vai acreditar em político nessa crise?”, perguntou.

O candidato do PT, Tadeu Veneri, criticou “os donos da cidade”, e Ney Leprevost (PSD) pediu uma “Curitiba melhor”. O petista tampouco exibiu líderes do partido, e Leprevost também deixou de citar neste primeiro dia seu principal cabo eleitoral, o secretário estadual Ratinho Junior (PSD). A maioria dos candidatos repetiu o texto do seu programa de rádio na televisão, adicionando imagens.