GUSTAVO URIBE E VALDO CRUZ BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – A posse de Michel Temer na Presidência da República, caso a presidente Dilma Rousseff seja afastada definitivamente do cargo, deve repetir o mesmo formato da cerimônia realizada em 1992, quando Itamar Franco assumiu o cargo após a renúncia do atual senador Fernando Collor. Para a solenidade, que deve ter cerca de meia hora, o peemedebista convidou ministros e auxiliares para acompanhá-lo ao Senado, onde fará um juramento à Constituição e será declarado empossado pelo presidente do Congresso Nacional. Pelo protocolo definido pelo Palácio do Planalto, Temer chegará ao Senado antes do horário oficial de início da cerimônia e aguardará no gabinete presidencial. Ainda não há um horário definido para a solenidade. Renan Calheiros abrirá a sessão solene e pedirá aos líderes da base aliada que busquem o novo presidente. No plenário, Temer será convidado a fazer o juramento, comprometendo-se a manter, defender e cumprir a Constituição Federal, além de respeitar as leis e promover o bem geral da população brasileira. Concluído o juramento, será aberta a palavra ao presidente do Congresso, que irá declarar o peemedebista empossado. Como o presidente interino pretende viajar no mesmo dia para a China, a ideia é que não seja promovida uma cerimônia de cumprimentos, como ocorre em solenidades de posse de presidentes eleitos. A ideia é que, no mesmo dia, antes de embarcar para o país oriental, o peemedebista promova uma reunião ministerial para definir os rumos do novo governo e grave um pronunciamento em cadeia nacional de televisão e rádio que será exibido na noite desta quarta-feira (31) Nesta terça-feira (30), ele se reuniu com o marqueteiro Elsinho Mouco para fechar o formato do discurso, que deve ter entre cinco e dez minutos. Na fala, ele insistirá na sua proposta de pacificação nacional, reafirmará seu compromisso com as reformas fiscais (teto de gastos e Previdência Social) e dirá que sua meta será a geração de empregos e retomada do crescimento da economia.