A prévia da inflação de Curitiba de setembro ficou em 0,50%, apesentando uma forte aceleração frente ao índice de agosto de 0,01%, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estística (IBGE), divulgado nesta quinta-feira, 22. A variação de preços apresentada no período foi a segunda maior entre as capitais pesquisadas, atrás apenas de Fortaleza, onde o índice ficou em 0,56%.

A média da capital paranaense ficou também apresentou tendência oposta e acima da média nacional medida em 0,23%. Em gosto o IPCA-15 foi de 0,45%. Esse foi menor IPCA-15 para os meses de setembro desde 2009 (0,19%). Em 12 meses, a inflação de Curitiba está em 7,82% — a menor entre as capitais acompanhadas pelo IBGE.

No Brasil, o IPCA-E (IPCA-15 acumulado nos meses de julho, agosto e setembro) foi 1,22%. Em setembro de 2015, o IPCA-E havia sido 1,42%. O acumulado no ano está em 5,90%, bem abaixo dos 7,78% registrados em igual período de 2015. O acumulado dos últimos 12 meses ficou em 8,78%, abaixo dos 8,95% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em setembro de 2015, o IPCA-15 havia sido 0,39%. Os dados completos do IPCA-15 podem ser acessados aqui.

O grupo Alimentação e Bebidas foi o principal responsável pela desaceleração do IPCA-15 no mês, ao passar da alta de 0,78% em agostopara uma queda (-0,01%) em setembro.  Regionalmente, os alimentos tiveram variações entre -0,70% e 1,13%, enquanto em agosto essas variações se situaram entre 0,32% e 1,31%. Em cinco das 11 localidades pesquisadas houve redução nos preços dos alimentos: Goiânia (-0,70%), Salvador (-0,65%), Belém (-0,25%), Belo Horizonte (-0,25%) e Brasília (-0,05%).

Em Curitiba, o grupo subiu 0,12%, puxado principalmente pelo preços das frutas, com alta de 13,36%. A banana e o mamão foram os produtos que ficaram mais caros, com altas de 63,91% e 32,94%, respectivamente.

Entre os alimentos que se apresentaram em queda e contribuíram para conter a taxa, destacam-se: batata-inglesa (-14,49%), cebola (-12,30%), feijão-carioca (-6,05%), hortaliças (-6,03%) e leite longa vida (-4,14%). Quanto aos alimentos em alta, o destaque foi o item frutas (4,01%), que gerou o impacto mais elevado sobre o índice do mês (0,04 p.p.).

O grupo Transporte (-0,10%) também recuou no mês, principalmente devido aos itens passagem aérea (-2,31%), gasolina (-0,75%), conserto de automóvel (-0,59%) e automóvel usado (-0,55%).

O cigarro, do grupo Despesas Pessoais (0,60%), também contribuiu para conter a taxa do mês, pois recuou (-1,55%) devido à redução do preço de algumas marcas em nove das 11 áreas pesquisadas. As duas exceções foram Brasília e Goiânia.

Habitação (de -0,02% em agosto para 0,48% em setembro) e Vestuário (de -0,13% para 0,49%) foram os dois grupos com aumento na taxa de um mês para o outro. No grupo Habitação, os destaques foram gás de botijão (1,35%) e condomínio (0,90%). Já em Vestuário sobressaíram-se os itens roupa masculina (0,86%) e calçados (0,56%).

O maior índice regional foi na região metropolitana de Fortaleza (0,56%), onde os preços dos alimentos consumidos em casa subiram 1,65%. O menor índice foi em Salvador (-0,18%), devido às quedas em alimentos (-0,65%), gasolina (-7,96%) e etanol (-3,08).