Acompanhados dos trabalhadores do 2º turno da Renault, Bosch, Aker Solutions, WHB e das empresas que integram o PIC da Audi, os metalurgicos continuaram no inicío da tarde desta quinta-feira (29) o protesto contra as ameaças de cortes nos direitos e também para exigir do governo mais agilidade nas medidas de reaquecimento da economia.

A mobilização faz parte da campanha nacional Cortar Direitos Não Gera Emprego! Retomada da Economia Já!. O Dia de Unidade de Ação Metalúrgica em Defesa dos Direitos e da Aposentadoria, é organizado pelas Confederações, Federações e mais de 500 Sindicatos de metalúrgicos do Brasil, ligados à Força Sindical, Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e da Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas). Em Curitiba, atos são liderados pelo Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba / Força Paraná.

 

Pela manhã, cerca de 30 mil trabalhadores participaram da manifestação em Curitiba. Outras cidades do país também aderiram à manifestação.

Medidas defendidas pelos metalúrgicos para a retomada da economia:

1) redução dos juros; 
2) redução dos impostos para incentivar a atividade produtiva e o consumo; 
3) ampliação do crédito;
4) programa de renovação da frota; 
5) valorização do salário mínimo, das aposentadorias e da renda, visando aquecer o mercado interno;
6) auditoria cidadã da dívida pública brasileira;
7) correção da tabela do Imposto de Renda pela inflação.

Medidas defendidas pelos metalúrgicos para a Previdência Social

1) revisão ou fim das desonerações sobre a folha de pagamento das empresas; 
2) revisão das isenções previdenciárias para entidades filantrópicas;
3) venda dos 3.485 imóveis em desuso da Previdência Social. A venda desses imóveis acarretaria uma arrecadação de R$ 1,5 bilhão;
4) fim da aplicação da DRU (Desvinculação de Receitas da União), que arranca dinheiro da Seguridade Social para pagar juros ao sistema financeiro; 
5) criação do Refis (Programa de Refinanciamento) para cobrança dos R$ 236 bilhões de dívidas ativas com a Previdência; 
6) melhoria da fiscalização da Previdência por meio do aumento do efetivo de fiscais em atividade ; 
7) revisão das alíquotas de contribuição para a Previdência Social do setor do agronegócio, que hoje é isento; 
8) destinar à Seguridade/Previdência as receitas fiscais oriundas da regulamentação dos bingos e jogos de azar.