CATIA SEABRA E GIBA BERGAMIM JR.
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Sem poder fazer discursos por imposição da lei eleitoral, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um dos últimos eventos de campanha ao lado do prefeito e candidato à reeleição Fernando Haddad (PT) na manhã desta sexta-feira (30).
Na semana que antecede a votação, Lula assumiu o comando da agenda e definiu os locais de campanha de Haddad, até então definidos pela executiva municipal do partido.
Sob os gritos de “ô, Haddad já virou”, o candidato andou sobre um carro de som que tocava jingles de campanha ao lado de Lula. Haddad estaria fora do segundo turno, segundo as últimas pesquisas.
O ex-presidente segurou uma camisa com as inscrições “estou vendo a esperança”. Vestia outra em que se lia “eu voto no Haddad”. “Me pergunte por quê.”
Chamado de “caminhada da vitória”, o evento teve a presença do líder do Movimento Sem-Teto, Guilherme Boulos e várias lideranças petistas, entre eles Devanir Ribeiro, além do presidente da CUT, Wagner Freiras.
Lula chegou na mesma hora que Haddad -no último domingo, ele se irritou com a demora do prefeito para chegar a evento na zona leste- e caminhou entre correligionários no Pateo do Colégio.
De lá, ele, o prefeito e o candidato a vice, Gabriel Chalita (PDT), andaram sobre o carro pelo centro da cidade até a região do parque Dom Pedro.
Entre seus apoiadores, Haddad teve a presença do filho, Fred, e da mulher, Ana Estela, que ficou com ele em cima do carro de som.
TIRADENTES
Lula e Haddad deixaram a região sem falar com jornalistas.
Já dentro do carro, o prefeito foi abordado por uma mulher, que questionou: “prefeito, porque o senhor não apareceu na Cohab (Cidade) Tiradentes?”
Uma das principais críticas a Haddad foi ter ido pouco à periferia, especialmente nos dois primeiros anos de governo.
Haddad, que diz ter inaugurado “mais de cem creches na periferia”, respondeu: “eu fui, entreguei luz de led (novo sistema de iluminação) lá”.