RANIER BRAGON E LAÍS ALEGRETTI BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Apesar de ministros de Michel Temer terem sinalizado nos bastidores retaliações a deputados que não apoiaram a PEC do Teto na análise em primeiro turno, o placar desta terça-feira (25) mostra que a pressão não surtiu efeito. Na comparação com a primeira votação, a proposta de Temer teve 7 votos a menos -359 contra 366 no dia 10. Já o número de contrários à medida cresceu de 111 para 116.

Os principais infiéis da base mantiveram os placares. Partido que até 2013 transitava na órbita do PT, o PSB do ministro Fernando Coelho Filho (Minas e Energia) deu nove votos contra a PEC, com uma abstenção (que na prática é voto contra o governo). No primeiro turno foram dez votos contra. O próprio ministro foi exonerado por Temer para retomar o mandato nas duas sessões e engrossar a votação a favor da proposta.

O outro “infiel” da base foi o PPS do ministro da Defesa, Raul Jungmann. Apesar da pressão do Planalto, a sigla votou exatamente como no primeiro turno, rachada: quatro votos a favor da PEC, três contra e uma ausência. Das principais siglas de apoio a Temer, o PMDB, partido do presidente, e o PSDB mantiveram as mesmas votações do primeiro turno. A diminuição de votos pró-PEC se deu por uma maior ausência de governistas distribuída entre as legendas. O aumento dos contrários se deu pela maior presença nos partidos de oposição.