SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Parte dos internautas não reagiu bem à intenção do prefeito eleito de São Paulo, João Doria (PSDB), de transferir toda a programação da Virada Cultura para o Autódromo de Interlagos, na zona sul da capital.
Em protesto à intenção de Doria, nasceu na noite desta segunda-feira (5) o evento “Virada Clandestina”, que insta os descontentes a organizarem uma programação autônoma no centro com coletivos culturais.
“De repente isso vira algo ainda mais legal do que a virada é hoje”, escreveu a página A Paulada Diária, que organiza o evento. Até as 22h, cerca de 3.200 pessoas haviam confirmado presença na “Virada Clandestina”, e outras 4.000 expressaram interesse.
Também são contrários à proposta de Doria Carlos Augusto Calil, ex-secretário municipal de Cultura, José Mauro Gnaspini, produtor que participou de todas as 12 edições do evento, e o vereador Andrea Matarazzo (PSD), ex-secretário estadual de Cultura e autor do projeto de lei que garante a festa no calendário oficial paulistano.
“É um erro crasso. A virada é o centro, representa o processo de revitalização humana da região”, disse Calil.