SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A primeira ação executiva do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nesta segunda-feira (23) será retirar o país da Parceria Transpacífico (TPP, na sigla em inglês), o maior acordo de livre comércio do mundo, segundo a emissora CNN. Durante a campanha eleitoral, Trump criticou a integração comercial com outros países, afirmando que o livre comércio traz prejuízos para a indústria e o emprego nos EUA. Na prática, a retirada dos EUA do TPP deve inviabilizar o acordo, que inclui 12 países da região do Pacífico e busca estabelecer um contraponto à ascensão econômica da China. Neste domingo (22), o republicano anunciou que iniciará em breve conversas com México e Canadá para renegociar o Nafta (acordo de livre comércio da América do Norte), e que, caso os termos do pacto não sejam revistos, os EUA deixarão a parceria. “Nós vamos começar a renegociar o Nafta, além de questões de imigração e segurança de fronteira (com o México)”, anunciou Trump em pronunciamento na Casa Branca neste domingo. Economistas temem que o colapso dos acordos de livre comércio leve a uma série de consequências negativas, como redução do acesso dos EUA a seus maiores mercados de exportação, Canadá e México. Aumentos de tarifas impostos pelos EUA poderiam ser alvo de retaliação tarifária -no caso dos países do Nafta, isso poderia aumentar o preço de vegetais, frutas, carros e gasolina nos EUA, principais produtos exportados para o mercado americano.