SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O governo do presidente dos EUA, Donald Trump, disse nesta terça (14) que a paz entre Israel e palestinos não precisa necessariamente estar atrelada com a criação de um Estado palestino ao lado do Estado judaico. A informação foi passada por um membro do gabinete às agências de notícias.

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Se confirmada, será uma forte guinada em relação à defesa de Obama e da maior parte da comunidade internacional pela solução dos dois Estados.

Segundo o integrante da Casa Branca, o republicano defenderá a paz entre os dois lados e oferecerá a participação dos americanos no processo no encontro com o premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, nesta quarta (15).

Ele afirma, porém, que depende de israelenses e palestinos determinarem que tipo de paz fará parte do acordo e que os americanos vão trabalhar como facilitadores no processo, mas sem determinar nenhuma regra. A posição de Trump, se for esta, deverá agradar principalmente a direita israelense e os colonos de Jerusalém Oriental e Cisjordânia, que defendem a anexação de todo o território palestino para Israel.

Este é um novo sinal de que a relação do presidente com o Estado judaico será mais amigável do que a adotada por Obama, que vivia às turras com Netanyahu e criticou diversas vezes as atitudes do governo israelense.

Antes de assumir, o republicano criticou a abstenção feita pelo democrata à decisão do Conselho de Segurança da ONU que exigiu ao Estado judaico parar a expansão de novos assentamentos nos territórios palestinos.

Antes disso, indicou como embaixador David Friedman, financiador de colônias e que prometeu mudar a embaixada de Tel Aviv para Jerusalém, e indicou o genro, o judeu Jared Kushner, para assessorá-lo no processo de paz. Porém, a primeira menção a Israel após a posse contrariou a expectativa do governo local.

No dia 2, o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, disse que a expansão das colônias “pode não ajudar a paz” com os palestinos. Além da visita a Trump, Netanyahu deverá se encontrar com o presidente da Câmara, Paul Ryan, e com os líderes republicano no Senado, Mitch McConnell, e democrata, Chuck Schumer.