ESTELITA HASS CARAZZAI CURITIBA, PR (FOLHAPRESS) – Na decisão que deflagrou a nova fase da Operação Lava Jato, nesta quinta (23), o juiz federal Sergio Moro voltou a rebater o que chamou de “críticas genéricas” contra as prisões preventivas, e disse que elas são essenciais para acabar com a “carreira criminosa” dos agentes de corrupção. “Embora drástica, [a prisão preventiva] foi essencial para interromper a carreira criminosa de Paulo Roberto Costa, Renato Duque, Alberto Youssef e Fernando Soares, entre outros, além de interromper, espera-se que em definitivo, a atividade do cartel das empreiteiras e o pagamento sistemático pelas maiores empreiteiras do Brasil de propinas a agentes públicos”, escreveu o juiz. O juiz destacou que, atualmente, apenas sete presos da Lava Jato estão detidos sem julgamento, de um total de 21. Para ele, a prisão preventiva, “embora excepcional”, pode ser utilizada quando houver provas consistentes de autoria e de materialidade de crimes graves, protegendo a sociedade de novos crimes -o que é considerado um risco à ordem pública. Moro decretou nesta quinta (23) a prisão preventiva de outros dois investigados: Jorge Luz e Bruno Luz, pai e filho, operadores de propina na Petrobras. Eles viajaram ao exterior nos últimos seis meses e são considerados foragidos.