Venezuela — Em meio a uma nova onda de protestos violentos que já deixou 17 mortos nos últimos dias, a oposição ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu ontem a intensificação das manifestações contra a reforma constitucional pretendida pelo governo. A coalizão oposicionista convocou protestos em três pontos de Caracas, e o objetivo era chegar à sede do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) para tentar reverter a decisão do órgão de convocar eleições para governadores em dezembro e de acelerar o processo da Assembleia Constituinte promovida por Maduro. Os opositores tentam desde o ano passado emplacar um referendo revogatório para remover o presidente e reclamam que a formação da assembleia que irá discutir a nova Constituição favorece os chavistas. A zona central da capital venezuelana amanheceu tomada pela Polícia e a Guarda Nacional, inclusive com tanques nas ruas. Nos últimos meses, a oposição já tentou algumas vezes chegar ao centro de Caracas, onde está a sede do governo. Não caiamos na armadilha das eleições para governadores, disse o presidente da Assembleia Nacional, o deputado Julio Borges.

Abandono
Turquia — O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, disse acreditar que a União Europeia (UE) quer que a Turquia abandone sua candidatura ao ingresso no bloco. Segundo ele, cabe à UE decidir se os diálogos sobre a adesão do país devem ou não ser encerrados. Erdogan disse também nesta quarta-feira que a Turquia não queria se distanciar do bloco, mas criticou a UE por tratar seu país como um mendigo. O presidente fez as afirmações antes de partir para Bruxelas, onde se encontra com autoridades da UE em uma cúpula da Otan.

Saques
Bolívia — O comandante-geral da Guarda Nacional Bolivariana, Antonio Benavides, informou ontem que sete pessoas morreram nos últimos dias e 107 foram detidas como resultado dos saques no estado venezuelano de Barinas, no centro-oeste da Venezuela, onde nasceu o ex-presidente Hugo Chávez. Temos uma grande quantidade de feridos por arma de fogo e outros objetos, disse Benavides. Ele disse que sete pessoas morreram por atos ocorridos em locais de protesto e que as mortes foram consequência do uso de arma de fogo.

Extradição
Peru — As autoridades do Peru ratificaram ontem, o pedido de extradição, feito a autoridades dos EUA, do ex-presidente Alejandro Toledo, acusado de ter recebido propinas da Odebrecht. E esclareceram que é preciso esperar os prazos estabelecidos pela Justiça dos EUA para que seja determinada sua detenção. Há dois pedidos de prisão: um com código processual e outro com código de procedimentos. Esperemos que se acumulem ambos os processos e, a partir daí, será preciso apresentar aos EUA a nova situação, afirmou a ministra da Justiça, María Soledad Pérez Tello.

Cólera
Iêmen — A Cruz Vermelha Internacional elevou ontem para 398 o número das vítimas fatais da epidemia de cólera no Iêmen e a cerca de 40 mil os possíveis casos de contágio. O chefe do organismo no país, Alexandre Faite informou pelo Twitter que hoje chegou à capital iemenita, Sana, um segundo avião de carga com provisões médicas para tratar a epidemia. Faite disse considerou a nova remessa como muito necessária, e que vai reforçar uma primeira carga de medicamentos específicos para o cólera que havia chegado na véspera.