O Paraná Clube vive uma situação peculiar na Série B do Brasileirão. Por um lado, ostenta a melhor defesa da competição, ao lado de três outros clubes. Por outro, possui o segundo pior ataque da competição, após 9 rodadas.

Em nove jogos, o Paraná levou apenas cinco gols. Além disso, só levou mais de um gol na derrota para o Juventude (2 a 1). O time ficou sem ser vazado em cinco jogos, sendo o último na terça-feira (20), no empate sem gols com o Internacional no Beira-Rio. O time paranaense passou a ostentar a melhor defesa porque o Juventude sofreu dois gols na terça-feira, ao perder para o Brasil de Pelotas por 2 a 1, e também tem cinco gols sofridos. Paysandu e Oeste-SP também foram vazados apenas cinco vezes.

Voltamos com essa pegada ali atrás. Sabíamos que tínhamos que repetir isso contra o Inter, disse o zagueiro Rayan, sobre o jogo de terça-feira. Tivemos uma postura muito boa, não só a zaga, acho que os laterais e volantes também tiveram um balanço correto. O técnico Cristian de Souza elogiou: Todos os jogadores estão participando da organização defensiva. O Inter não conseguiu propor o jogo. Voltou essa nossa característica, um time organizado defensivamente.

Cristian de Souza, por outro lado, mostrou certo incômodo com a produção ofensiva. O time fez apenas sete gols – só marcou mais que Paysandu e Oeste, ambos com 6 gols pró. Não apenas o número de gols é baixo; o de arremates também. Diante do Internacional, foram apenas seis finalizações (duas certas). Para o técnico, o time pode ser mais efetivo se souber aproveitar melhor os lances de bolas parada. A gente cria muita bola parada e o nosso aproveitamento tem que melhorar, falou. Curiosamente, as duas finalizações certas diante do Inter foram em cobranças de falta, uma de Eduardo Brock e uma de Robson, defendidas pelo goleiro Danilo.

Para o treinador, os números poderiam ser outros se não fosse o árbitro Eduardo Thomaz de Aquino Valadão, do jogo com o Inter. Segundo Souza, ele deixou de dar um pênalti claro em Robson – e ainda anulou o gol de Gabriel Dias na sequência da jogada. Olhei o lance no vestiário. Não precisa encostar a perna no adversário para caracterizar a falta, a regra é clara. Se o Robson não pula, ia ter uma lesão. É pênalti claro, reclamou. Se aquela falta é fora da área, o juiz dá. E se fosse a favor do Internacional, ele marcaria o pênalti.