A Suprema Corte dos Estados Unidos concedeu ontem uma vitória ao presidente Donald Trump, ao admitir o trâmite ao veto migratório destinado a proibir a entrada de refugiados e cidadãos de seis países de maioria muçulmana. Com a decisão dos juízes, o governo poderá negar a entrada de indivíduos que não tenham familiares em território americano ou que não tenham obtido previamente um posto de trabalho no país.
Concretamente, em um documento de 13 páginas, o Supremo determinou que Trump poderá proibir o acesso de estrangeiros que não tenham nenhuma relação genuína com uma pessoa ou uma entidade dos EUA.
A decisão da justiça permitirá que entre em vigor uma das partes essenciais do veto migratório de Trump: a anulação, durante 120 dias, do programa de acolhida a refugiados, que por definição estão fugindo dos seus países de origem e não têm nenhuma relação com os EUA.
A outra parte da iniciativa do presidente é a proibição da entrada nos EUA de pessoas de seis países de maioria muçulmana, Irã, Somália, Sudão, Síria, Iêmen e Líbia. A medida ficará parcialmente bloqueada, já que os nativos dessas nações que tenham familiares ou contratos de trabalho em território americano, continuarão com permissão para entrar.
O Supremo estudará a legalidade do veto durante o próximo período judicial, que começa na primeira segunda-feira de outubro e terminará em junho de 2018.Na semana passada, Trump afirmou que a medida iria entrar em vigor 72 horas após a decisão da Justiça. Cidadãos do Irã, Líbia, Somália, Sudão, Síria e do Iêmen serão afetados pela decisão.
Trump emitiu um comunicado onde elogiou a decisão da Suprema Corte. Para ele, a decisão unânime é uma clara vitória para a nossa segurança nacional.