A chegada de uma massa polar que derrubou as temperaturas em todo o Estado desde a tarde de ontem, disparou o alerta tanto do Estado como em Curitiba. O Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) e o Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar) alertaram para a formação de geadas, que podem prejudicar a agricultura. Na Capital, a Fundação de Ação Social (FAS) intensificou a busca ativa de moradores de rua, as principais vítimas do frio nas cidades. Desde 2015, nove pessoas morreram por causa do frio, a maioria era moradora de rua.

No campo, o maior risco das geadas é para a produção cafeeira do Estado, que hoje deveria atingir a faixa que passa por São Jorge do Patrocínio, Umuarama, Jesuítas e municípios próximos no Noroeste do Paraná. Nos próximos dias há possibilidade de geadas nas demais regiões produtoras de café no Paraná — Norte, Noroeste e parte da região Oeste do Estado. A formação de geada negra não estava descartada.

Em 1975 uma forte geada atingiu plantações da região Norte e queimou quase todas as plantações da época. O café, principal produto agrícola do estado na época, foi dizimado. O episódio, conhecido como Geada Negra.

Neste ano, o Alerta Geada entrou em operação em 16 de maio. O serviço é mantido pelo Iapar e o Simepar até o final do inverno. O principal objetivo é auxiliar produtores rurais na prevenção e redução de perdas agrícolas.

Na rua — Com a previsão metereológica de frio intenso nos próximos três dias, a Prefeitura de Curitiba intensificou, desde ontem, o serviço de busca ativa a pessoas em situação de rua em toda a cidade. Equipes de abordagem social da Fundação de Ação Social (FAS), que desde maio participam da Ação de Inverno – Curitiba que Acolhe, estão nas ruas para localizar e ofertar acolhimento a todas as pessoas que estiverem em perigo.

A ação emergencial é feita das 19 às 23 horas sempre que a temperatura chega à mínima de 7 graus. Nos demais horários, os serviços de busca ativa e abordagem social seguem o cronograma de rotina das equipes da assistência social.