Para quem passeia pelo centro de Curitiba e outras regiões mais urbanizadas, prédios e muros com pichações são uma constante. Somente neste ano, segundo a Guarda Municipal de Curitiba, foram registrados mais de 140 casos de pichação, com grande prejuízo. Um terço do orçamento do Departamento de Parques e Praças da Prefeitura para manutenção é usado para o despiche.

Atualmente, quem é flagrado pichando em Curitiba pode ter de pagar uma multa de R$ 1.693,84. O grande problema, porém, é que são poucos os pichadores pegos no flagra. Neste ano, segundo a Prefeitura de Curitiba, foram 18. Desde 2013, o número total de autuações feitas com base no artigo 65 da Lei de Crimes Ambientais fica acima das 900. Um número relativamente baixo se considerado o total de ocorrências, que passam de 6 mil no período.
Por isso, quem acaba pagando a conta na maior parte das vezes é a própria população, por meio dos governos municipais, ou então o proprietário do imóvel privado que foi atacado. Para se ter noção do tamanho de tal prejuío, o Departamento de Parques e Praças, ligado a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, informou que 30% dos gastos em manutenção é com retrabalhos por conta de pichação.
Um caso recente foi registrado na Praça da Espanha. Em julho, o farol que fica no local ganhou uma nova pintura, com arranjo especial em homenagem ao país que dá nome ao local. O trabalho, contudo, precisou ser dobrado. É que quando a pintura estava sendo terminada, alguém pichou o farol, que precisou ser repintado.
Despiche
A equipe da Coordenação de Preservação e Conservação de Acervos da Fundação Cultural de Curitiba (FCC) está trabalhando nesta semana na remoção de pichações nas obras e painéis artísticos da Praça 19 de Dezembro. A ação é uma parceria da Prefeitura com a Associação Comercial do Paraná, que acionou empresas apoiadoras para fornecimento de equipamentos e material de limpeza dos monumentos.