JOANA CUNHA E AMON BORGES
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Braskem aproveitou seu aniversário de 15 anos de operação para anunciar a mudança em sua marca. A empresa foi a primeira pertencente à holding da Odebrecht a fazer a alteração em seu logotipo.
As empresas do grupo vão mudar seus nomes e seus logotipos a partir deste mês, como parte de uma estratégia que vem sendo desenhada desde meados do ano passado, na tentativa de se distanciarem de um título que ficou associado à Lava Jato e à corrupção.
O “vermelho Odebrecht” deu lugar ao azul e amarelo na nova marca. “A aplicação das cores azul e amarelo buscam representar a aspectos como abrangência global, foco em sustentabilidade e a força das relações humanas”, diz a empresa em comunicado.
Segundo a Braskem, o novo logotipo busca expressar características como resiliência, foco e transparência. “O símbolo utilizado remete à letra ‘B’ e dá forma a uma seta, indicando a estratégia da empresa orientada ao futuro.”
“Somos uma empresa jovem, com uma estratégia sólida e bem-sucedida de crescimento global. Para celebrar os 15 anos e marcar o início de uma nova fase, estamos lançando uma nova identidade visual que acompanhará nossa trajetória, de desafios e conquistas”, diz Fernando Musa, presidente-executivo da Braskem.
Musa justifica que a mudança é o símbolo da ambição da empresa de seguir evoluindo como um importante competidor do setor petroquímico global. A Braskem é uma das maiores produtoras mundiais de resinas termoplásticas e já conta 8.000 integrantes e opera 41 plantas industriais -sendo 29 no Brasil, seis nos EUA, quatro no México e duas na Alemanha.
A petroquímica registrou lucro líquido consolidado no segundo trimestre de R$ 1,142 bilhão, um salto de 316% em relação ao lucro de R$ 275 milhões registrado mesmo período do ano passado, informou a empresa nesta quarta-feira (16).
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado foi de R$ 3,029 bilhões, alta de 1% ante o mesmo período do ano passado.
‘CONTRA A CORRUPÇÃO’
No processo de mudanças de marcas, o nome da holding permanecerá intacto, mas a palavra Odebrecht será expurgada de todos os negócios que a abrigavam no nome -como a Odebrecht Óleo e Gás e a Odebrecht Realizações Imobiliárias, que até o fim do ano aparecerão repaginadas.
A cor vermelha do logotipo tradicional e a tipologia das letras padronizadas com a marca-mãe também serão descartadas.
Também fazem parte da lista a empresa de infraestrutura Odebrecht Transport, a Odebrecht Latinvest, de investimento em infraestrutura e logística, e a Odebrecht Agroindustrial, do setor de etanol.
Como a Braskem, Foz e Enseada manterão os nomes e mudarão apenas de marca.