O corretor de valores Lúcio Bolonha Funaro, preso em Brasília, disse na quarta-feira, que ainda tem o que entregar sobre o presidente Michel Temer em sua delação premiada. Ao sair de uma audiência da 10ª Vara da Justiça Federal, ele foi questionado por jornalistas se resta muito o que falar sobre o presidente nos depoimentos de colaboração que vem prestando ao Ministério Público Federal (MPF). “Tem, tem. Ainda tem”, respondeu, enquanto era escoltado por policiais de volta à Penitenciária da Papuda.
Funaro não falou sobre o conteúdo de sua delação, mas contou que a negociação de um acordo com os procuradores ainda não chegou ao fim, pois há impasse sobre os benefícios a serem concedidos a ele. O corretor afirmou que há uma “diferença grande” entre o tempo de prisão que os investigadores sugerem que ele cumpra e o que a defesa dele propõe. Também que há divergência quanto ao valor da multa.