O Sindicato de Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba (Sindimoc) discutirá amanhã quais os próximos passos a serem dados pelo movimento que reivindica mais segurança aos trabalhadores e passageiros do sistema de transporte coletivo. Com o encerramento do chamado Setembro de Luto, que marcou o mês com uma série de manifestações, a possibilidade de uma paralisação geral deve voltar à pauta.


Em reunião feita na tarde desta terça, 19,
 os trabalhadores definiram que realizarão nesta quarta, 20, a partir das 15 horas, um ato para reivindicar a instalação de câmeras dentro do ônibus. Durante o protesto, que marcará o encerramento do Setembro de Luto, os ônibus funcionarão normalmente. 


Quanto à possibilidade de paralisação geral, o Sindimoc afirmou à reportagem que seria prematuro tratar do assunto. Na terça, porém, Rogério Campos, diretor do Sindimoc, confirmou à Rádio CBN que a greve seria uma possibilidade, sendo que a Prefeitura deverá ser comunicada 72 horas antes do início, caso a paralisação venha a ocorrer.

Tal assunto, contudo, só será debatido na quinta-feira, quando a diretoria do sindicato dos trabalhadores se reunirá para decidir quais os próximos passos a serem dados pelos trabalhadores, que reivindicam, além da instalação de câmeras nos ônibus e estações tubo, a criação da Delegacia Especializada em Crimes no Transporte Coletivo e o retorno do Grupo Tático Velado da Guarda Municipal nos ônibus.

Neste ano, Curitiba já teve de lidar com quatro ameaças de paralisação. A primeira delas ocorreu em 15 de março, quando outros serviços, como de educação e coleta de lixo, também paralisaram em protesto contra a reforma da Previdência, cenário que se repetiu em 28 de abril, quando houve greve geral em todo o país.

As outras duas tentativas de paralisação, contudo, fracassaram. Em 30 de junho houve uma segunda greve geral no país, mas com bem menos adesão do que a anterior. Já neste mês o Sindimoc chegou a cogitar fazer uma série de paralisações de uma hora, mas acabou desistindo por conta da pressão das empresas, que ameaçaram realizar descontos salariais.