RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – O MP-RJ (Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro) fez coro a PM (Polícia Militar) e aos vereadores do Rio ao sugerir que o clássico entre Flamengo e Vasco, no próximo dia 28, seja realizado no Maracanã.
Dono do mando de campo, o time rubro-negro marcou o duelo para a Ilha do Urubu, na Ilha do Governador. A partida será disputada com apenas 10% de torcedores do clube cruzmaltino.
Preocupado com a segurança do evento, a PM deixou claro a preferência pela realização do jogo no Maracanã, estádio que conta com melhor estrutura para evitar maiores problemas. O time rubro-negro, porém, segue firme na ideia de realizar o jogo em sua casa, na Ilha do Governador.
Baseado no documento enviado pela polícia, o procurador do Ministério Público do Rio de Janeiro Rodrigo Terra avisou que o órgão pedirá que o clássico tenha o local de realização alterado. A informação é do Globoesporte.com e foi confirmada pela reportagem.
“Estamos fazendo essa solicitação por segurança. O MP se baseia no documento da PM, na argumentação deles. A intenção sempre é garantir a segurança do torcedor em um estádio maior”, disse Rodrigo Terra à reportagem.
Apesar de ter todos os laudos necessários para receber os clássicos na Ilha do Governador e com 5% da carga de ingressos aos visitantes, a barbárie ocorrida em São Januário pesa na avaliação do poder público.
Na ocasião, uma guerra generalizada tomou conta do estádio ao apito final. Bombas foram atiradas no gramado e o time do Flamengo teve dificuldade para descer aos vestiários.
Houve confrontos entre policiais e integrantes de organizadas do Vasco. David Rocha Lopes, de 27 anos, morreu baleado em confusão com PMs fora do estádio. Outros dois torcedores também foram atingidos por disparos de armas de fogo.
No meio dos episódios lamentáveis, o cabo do Exército Igor Marcelino Coelho foi indiciado pela Polícia Civil por lesão corporal, desacato e por promover tumulto em eventos esportivos, crime previsto no Estatuto do Torcedor.
Nas imagens de TV, ele apareceu agredindo com socos duas policiais militares. Por conta dos problemas, São Januário foi interditado pelo Ministério Público e o clube punido com a perda de seis mandos de campo no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva).