A população do Paraná cresceu 7,5% do ano 2000 a 2007, passando de pouco mais de 9,563 milhões para 10.284.503 habitantes, de acordo com a Contagem da População divulgada nesta sexta-feira (21) pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

A pesquisa foi realizada em 5.435 municípios e revelou que, nos últimos 7 anos, a população do Brasil cresceu à média anual de 1,21%. Em 2000, eram 169.799.170 brasileiros e agora são 183.987.291, alta de 8,3%.

As maiores taxas de crescimento populacional foram observadas novamente nas regiões Centro-Oeste e Norte, com destaque para o estado do Amapá (3,17%/ano). O menor percentual de crescimento por ano foi verificado na região Sul (0,95%). O Rio Grande do Sul teve o menor percentual do país, 0,57%.

No Paraná, a taxa de crescimento que entre 1991 a 2000 era de 1,40%, caiu para 1,10%. Alguns municípios da Região Metropolitana de Curitiba, no entanto, tiveram crescimento bem acima da média estadual, como é o caso de São José dos Pinhais, cuja população cresceu 29%, de 2002 a 2007, passando de 204 mil para 263 mil habitantes. Já a população de Curitiba passou de 1.587.315 para 1.797.908 (13,2%).

Outros municípios com destaque no crescimento foram Colombo, que em 2002 tinha 183 mil habitantes e agora 233 mil, um crescimento na ordem de 27,6%; Araucária, de 94 mil para 109 mil (16,5%); e Campo Largo, de 92 mil para 105 mil (13,6%). No interior destaque para Foz do Iguaçu. Sua população saltou em cinco anos de 258 mil para 311 mil (20,4%). Em seguida aparecem Cascavel, de 245 mil para 285 mil (16,4%); Maringá, de 288 mil para 325 mil (13%); Ponta Grossa, de 273 mil para 306 mil (12%); Toledo, de 98 mil para 109 mil (12%); e Londrina, de 447 mil para 497 mil (11,3%).

O município de menor população no Estado é Nova Aliança do Ivaí, a 20 quilômetros de Paranavaí, na região Noroeste. A população teve um crescimento de 39 habitantes em 5 anos, passando de 1.338 para 1.377 (3%), em apenas 528 domicílios, sendo 122 não-ocupados.

BRASIL – A Contagem da População revelou que o número de idosos com 100 anos ou mais chega a 11.422 pessoas. Deste total, 7.950 são mulheres e 3.472 são homens. Entre os 20 municípios contados pelo IBGE que concentraram a maior quantidade de idosos com mais de um século de vida, os destaques foram as capitais de São Luís (144), seguida de Natal (118), Maceió (93) e Manaus (89).

A Contagem mostrou ainda que, do total de mulheres moradoras nos municípios contados, 19,70% eram responsáveis pelos domicílios, enquanto 30,25% eram cônjuges de sexo diferente, 38,01% filhas ou enteadas e 11,14% outros parentes. Já entre os homens, 36,59% eram responsáveis pelos domicílios, 8,15% cônjuges de sexo diferente, 43,60% filhos ou enteados e 10,72% outros parentes. Pela primeira vez foram investigados também os cônjuges de mesmo sexo nos domicílios: 0,02% dos homens e 0,01% das mulheres nos municípios contados encontravam-se nesta situação, o correspondente a um total de 17 mil casais.

Constatou-se também uma mudança na proporção de homens e de mulheres no país. Em 2000, ela era praticamente idêntica, ou seja, 100 mulheres para cada 100 homens. Em 2007, esta proporção cai para 99,6 homens em cada 100 mulheres. Entre os estados, o Pará se destaca com a maior proporção: 107,3 homens para cada 100 mulheres O contrário ocorreu na Paraíba, com 94,6 homens para 100 mulheres. Ceará, São Paulo e Minas Gerais são os estados onde a proporção de homens e mulheres se mostrou mais equilibrada.

MORADORES POR DOMICÍLIO – A média de moradores por domicílio também caiu, influenciada pelo declínio da taxa de fecundidade e redução do tamanho das famílias. Em 2000 havia 77 municípios com média inferior a 3,0 moradores por domicílio no país, sendo que este número subiu para 250 municípios em 2007. No outro extremo, os 250 municípios cuja média era de mais de 4,5 moradores por domicílio caiu para 181 no balanço atual da Contagem.

A proporção de domicílios particulares ocupados também cresceu generalizadamente, variando de 73,3% no Rio de Janeiro a 90,6% no Acre. De 2000 a 2007, apenas Paraná (85,1% para 79,5%) e Piauí (83,9% para 83,2%) registraram queda no percentual de domicílios particulares ocupados. Entre os domicílios de uso ocasional, a maior proporção é encontrada no Rio de Janeiro (16,1%), dadas as características dos municípios contados neste estado, onde foi relevante a participação dos municípios da região litorânea e serrana. A taxa de urbanização dos municípios contados cresceu de 70,7%, em 2000, para 73,6% em 2007, e no Amapá ela se revela a maior, entre as Unidades da Federação: 89,8%, com São Paulo (89,6%) e Rio de Janeiro (87,6%).

A Contagem da População, iniciada no dia 16 de abril, cobriu 5.435 municípios com até 170 mil habitantes, o correspondente a 97% dos municípios brasileiros, recenseando 108,7 milhões de pessoas. Esse número equivale a 60% da população estimada, residente em 30 milhões de domicílios (57% do existente no país). A grande inovação tecnológica dos Censos 2007 foi a utilização de 82 mil computadores de mão (PDA`s), em substituição aos tradicionais questionários de papel. Essa operação envolveu mais de 90 mil pessoas em todo o país.