A Copel iniciou, ontem, a retirada das torres de transmissão de energia elétrica da Avenida Comendador Franco, a Avenida das Torres. A linha aérea existente será desativada, com a retirada de 25 torres, 20 superpostes e 42 km de cabos condutores instalados ao longo do canteiro central da Av. Comendador Franco, que passarão a serem subetrrâneos. O investimento é de R$ 157 milhões, e as obras devem terminar em 2019.
O governador Beto Richa e o prefeito Rafael Greca acompanharam a cerimônia simbólica da retirada de umas das torres, e falaram sobre o futuro da via, com a possibilidade de uso do canteiro central que ficará livre das torres. “Vamos aproveitar o canteiro central e junto com a Prefeitura ver qual a melhor planejamento para utilização, talvez com ciclovias, ou um novo modal para transporte, talzez um monorail, VLT (veículo leve sobre trilhos) ou VLP (veículo leve sobre pneus), ou um parque linear para atender a população”, disse o governador Beto Richa.
Já o prefeito de Curitiba afirmou que a prefeitura, responsável pela urbanização da via, planejará o novo uso do canteiro central da avenida. Uma das possibilidades é a criação de um corredor de transporte que pode ser com um novo modal. Para isso faremos um estudo de origem e destino para verificar a viabilidade de uma linha aqui, disse. “Primeiro vamos retirar as torres e no princípio colocar flores. Depois podemos pensar num plano junto com o Ippuc, e os governos Estadual e o Federal”.
O governador destacou que a retirada das torres, além de contribuir para a melhoria da qualidade do fornecimento de energia de toda a Região Metropolitana de Curitiba, é uma obra de solução de mobilidade. A retirada das torres e substituição pela linha subterrânea vai melhorar a infraestrutura da capital e a ligação de Curitiba com São José dos Pinhais. Não é uma obra estética, é mais segurança e qualidade da energia fornecida, disse, frisando que a retirada das torres começou a ser discutida no Plano de Mobilidade para a Copa, mas que por falta de apoio federal e municipal não pôde ser executada.
Além dos ganhos em qualidade em energia e mobilidade urbana, a obra impactará a economia da capital e do Estado. A estimativa é que, com o investimento de R$ 157 milhões, a Copel repasse à Curitiba cerca de R$ 4 milhões em ISS e ao Estado cerca de R$ 11 milhões em ICMS.