LISBOA, PORTUGAL (FOLHAPRESS) – Doutora em direito, católica assídua, mãe de quatro filhos e ainda presidente de seu partido político, a deputada Assunção Crista, 43, vem se firmando como um dos principais nomes da direita em Portugal.
Ela soube aproveitar o vácuo aberto pela crise da maior legenda da oposição, o PSD -enfraquecido pela ausência de um líder até o início de 2018, quando promove seu congresso-, para aumentar a influência de seu CDS-PP, tradicionalmente um coadjuvante nas questões nacionais.
A composição da “geringonça”, que fez com que os partidos de esquerdas se alinhassem (e evitassem polemizar com o premiê), também favoreceu Cristas ao lhe dar protagonismo nas críticas ao governo.
A crise dos incêndios florestais fez suas palavras reverberarem na imprensa e consolidarem a imagem de antagonista da esquerda.
Nos últimos meses, a líder do CDS-PP concentrou suas forças na capital, Lisboa, onde participou ativamente da campanha para as eleições municipais. O resultado foi o melhor da história de seu partido, que triplicou seu total de votos em eleições anteriores, encabeçadas pelo ex-vice-premiê Paulo Portas.
“Sinto que em Lisboa somos os líderes da oposição, e, no nível nacional, tudo trabalharemos para também ser. O que queremos é trabalhar para reforçar a centro-esquerda e ser verdadeiramente uma alternativa às esquerdas unidas em Portugal”, disse ela.