Neste sábado (9), às 10 horas, os 6,6 mil sócios do Coritiba aptos para votação irão decidir qual o rumo a ser tomado pelo clube nos próximos anos. Com o atual presidente Rogério Bacellar fora do páreo, três chapas disputam o comando da instituição no triênio 2018-2020: a Coritiba do Futuro, encabeçada pelo advogado Samir Namur; a Novo Coritiba, liderada pelo engenheiro civil Pedro de Castro; e a Sangue Verde, do médico João Carlos Vialle.
Namur é doutor em Direito e professor da Universidade Federal do Paraná. Taxado como situação pelos adversários (presidiu o Deliberativo do início de 2016 até setembro de 2017), rejeita o rótulo, ressaltando que sua chapa apresenta um perfil mais jovem, de renovação, com maior abertura para a participação da torcida dentro do clube. Além disso, sempre destaca estar por dentro da situação do Coxa, ao ponto de afirmar ter condições de assumir e já começar a fazer as mudanças necessárias.
O engenheiro civil e empresário Pedro de Castro, por sua vez, voltou a participar ativamente da vida política do clube recentemente. Segundo ele, foi a indignação com a situação em que encontrou o clube que motivou sua candidatura. Somos uma chapa de oposição à forma de gerir, de pensar o Coritiba. Nossa chapa foi estruturada para mudar a mentalidade do Coritiba, pensar como uma empresa. Somos uma chapa independente, afirma ele, que conta com o importante apoio de Vilson Ribeiro de Andrade, ex-presidente do clube.
Por último, o médico João Carlos Vialle, que já trabalhou em 1989, 2007 e 2009 no futebol do clube, além de já ter sido fisioterapeuta da instituição. Com tamanha bagagem, busca sempre exaltar sua experiência no meio futebolístico, além do fato de poder dedicar-se integralmente ao clube. Futebol não é para aprendiz. Ser presidente do Coritiba é um sonho de vida para mim e, como não dependo mais da minha profissão, vou me dedicar 24 horas aao Coritiba. E acho que isso pode fazer a diferença.
Segundo o clube, 6.578 sócios estão aptos para a votação de sábado. Podem votar os associados com mais de dois anos de associação ininterrupta e que estão em dia com suas mensalidades. É necessário obrigatoriamente apresentar documento oficial de identidade com foto e o smartcard.


Novo Coritiba

Pedro de Castro (presidente)
Outros integrantes da chapa: André Cansian (1º vice-presidente), Glenn Stenger (2º vice-presidente), Rodrigo Florenzano (3º vice-presidente) e Jango Luiz Buffara Lope (4º vice-presidente).

GESTÃO DO FUTEBOL
Precisamos de uma gestão profissional no Coritiba, trabalhando com indicadores, com metas. Ser 14º em receita não justifica não ter um time competitivo, um time que realmente tenha nosso perfil. Vamos ter um plante com 34 ou 35 atletas, sem investir em medalhões. Temos de fazer a essa busca (por reforços) com sabedoria e tão logo tomemos posse, faremos uma análise do plante. Contratações deverão ser pontuais.
CATEGORIAS DE BASE
Nos últimos anos, o custo de formação dos nossos atletas não tem se pago. Os jovens têm sido utilizados de forma errada. Nossa base tem sido usada no Brasileiro e não no Paranaense, mas eles tem de ser usados no estadual para analisarmos as peças para o Brasileiro. Precisamos ousar com nossa base e que o torcedor tenha essa compreensão, porque vamos colocar os meninos para jogar.
NOVO ESTÁDIO
Não vamos perder tempo em fazer maquete, gastar energia e dinheiro em algo que não temos certeza se é possível fazer. Algumas intervenções imediatas no Couto Pereira são necessárias e vamos investir em manuteção. Isso, porém, não quer dizer que vamos fechar as portas para eventuais propostas. Agora, nosso Couto Pereira merece atenção, é nosso, nós construimos.


Coritiba do Futuro

Samir Namur (presidente)
Outros integrantes da chapa: Paulo Roberto Baggio Pereira (1º vice-presidente), Jorge Durao (2º vice-presidente), Eduardo Bastos de Barros (3º vice-presidente) e Anibal de Paulo Mesquita Junior (4º vice-presidente).

GESTÃO DO FUTEBOL
Vemos a viabilidade da gestão do futebol do Coritiba baseada em três princípios: cumprimento do orçamento do clube, profissionalização do futebol e priorização das categorias de base. O elenco terá no máximo 36 atletas e haverá um procedimento obrigatório para contratações. Não haverá um homem forte do futebol no G5, pois as decisões caberão a um gestor profissional, com experiência de mercado.
CATEGORIAS DE BASE
Iremos utilizar uma porcentagem de jogadores da base no time profissional, que será de 30% no primeiro ano da gestão, 35% no segundo e de 40% no terceiro. O gestor do futebol também terá de observar um tempo de contrato mínimo de três anos para os garotos e os atletas da base terão o mesmo calendário do profissional para que se tenha um aproveitamento no Paranaense.
NOVO ESTÁDIO
Só pode falar em estádio novo se tiver dinheiro para pagar, só que não existe dinheiro. Estudos apontam que o próximo passo seria uma estratégia de abordagem política para alterar o zoneamento do Couto Pereira. O registro do imóvel hoje só permite a construção de estádio ali. Com a mudança, é possível agregar bastante valor ao terreno e atrair investimento para reformas no estádio.


Sangue Verde
João Carlos Vialle (presidente)
Outros integrantes da chapa: Guido Doble (1º vice-presidente), Luciano Pugle (2º vice-presidente), Ubirajara Bley (3º vice-presidente) e Walter Schause (4º vice-presidente).

GESTÃO DO FUTEBOL
São cinco os itens prioritários: primeiro futebol, segundo futebol, terceiro futebol, quarto futebol e por último, futebol. Profissional e base. É preciso experiência para procurar errar menos. No futebol tem de ter sorte, vivência, experiência para procurar errar o mínimo possível. Tenho todas as informações sobre o Coritiba. Será um grande desafio, mas nossa ideia é fazer do Coritiba top 10 do futebol brasileiro nos três anos de gestão.
CATEGORIAS DE BASE
Vamos fazer convênios criando núcleos para fazer uma peneirada e trazer jogadores com potencial de crescimento. Iremos garimpar atletas das divisões inferiores do futebol paulista, Rio Grande do Sul e eventualmente Santa Catarina e Minas Gerais. Tambem vamos buscar uma parceria para que os jogadores que se sobressaem na base façam a dupla cidadania, que aí facilia negociações com clubes do exterior.
NOVO ESTÁDIO
De jeito nenhum (construirei um novo estádio). A casa do Coritiba é o Alto da Glória. Vamos montar um grupo de engenheiros que definirão quais as reformas a serem feitas no estádio. Vamos fazer um projeto de 10 anos, mas que tenha uma sequência independente de quem for o presidente daqui a três anos.