A noite, mais uma vez, foi de rock na Pedreira Paulo Leminski. Quase um ano depois da apresentação do Black Sabbath, foi vez de outro grupo lendário da Inglaterra invadir com seu som o ar curitibano: o Deep Purple, grupo fundado em 1968 e também considerado um dos pioneiros na cena do hard rock e heavy metal – embora o grupo transcenda os estereótipos, agregando ao seu som elementos do blues-rock e do rock progressivo.

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Antes da apresentação principal, porém, o festival Solid Rock trouxe ao público duas atrações americanas um tanto desconhecidas em território tupiniquim. Muitos que haviam comprado o ingresso, inclusive, preferiram devolver a entrada e pedir reembolso após o cancelamento da participação do Z.Z. Top e, principalmente, do Lynyrd Skynyrd. Aqueles que persistiram, porém, não ficaram decepcionados.

O primeiro show, do grupo americano Tesla, teve início por volta das 18h10. Naquele horário, a Pedreira ainda estava um tanto vazia, com menos da metade de sua capacidade. Foram poucos, portanto, os que puderam ver e ouvir a banda, que conta com uma grande qualidade instrumental e Jeff Keith, que em muito (voz e trejeitos, principalmente) lembra Steven Tyler, do Aerosmith, no vocal.

Foi a partir do segundo show, do californiano Cheap Trick, que os fãs começaram a chegar em maior número. Embora desconhecido de grande parte público – o grupo, inclusive, faz no festival suas primeiras apresentações no país -, não foram poucos os que tiveram um clique ao acompanhar a apresentação: Não sabia que essa música era deles! foi uma das reações mais comuns.

No set list, canções de hard rock, baladas e até blues, com músicas como I Want You to Want Me, Surrender, Dream Police e In The Street, tema principal da popular série americana That’ 70s Show.Especial destaque para Rick Nelsen e suas guitarras customizadas, uma delas (de duas pernas) imitando um boneco.

O que todos queriam poder ver e ouvir na Pedreira, porém, era o Deep Purple. E os britânicos, que subiram ao palco pontualmente ás 21h30, trataram de demonstrar o porque de tamanha expectativa. Com uma espécie de viagem pelas cinco décadas de vida da banda, o grupo trouxe desde músicas do seu mais recente álbum, Infinite, lançado em abril, como os clássicos Smoke On The Water, Black Night e Lazy.

A apresentação foi incansável, com os músicos emendando música em cima de cima por aproximadamente 1 hora e meia do melhor rock’n’roll. Fica a dúvida, então, se a despedida – “The Long Goodbye Tour” tem sido anunciada como a última grande turnê da banda – não vem de maneira precoce.