O presidente eleito do Coritiba, Samir Namur, tomou posse na noite desta quinta-feira (14). Ciente de que vai assumir um clube recém-rebaixado à Série B, ele pregou austeridade. Essa austeridade passa necessariamente pela folha salarial do elenco. Uma estimativa preliminar indica que os valores devem ser enxugados em quase 70%.

A solenidade foi fechada, no Couto Pereira. Nela, foi empossado o grupo que vai administrar o clube, o G5: Samir Namur (presidente), Paulo Roberto Baggio Pereira (1º vice-presidente), Jorge Durão (2º vice), Eduardo Bastos de Barros (3º vice) e Anibal de Paulo Mesquita Junior (4º vice). Também houve a aclamação para a mesa diretoria do Conselho Deliberativo

Em entrevista ao site Coxanautas, Namur disse que o Coritiba gastou R$ 4 milhões mensais na filha de pagamento dos jogadores em 2017. Na Série B, a realidade da Série B é outra. A projeção de orçamento que está sendo analisada é de um gasto com folha salarial de elenco para a Série B na casa de R$1,3 milhão. A diferença porcentual é de 67,2%.

Na mesma entrevista, Namur fez críticas à diretoria anterior em relação à montagem do elenco. Era um elenco caríssimo, fora do orçamento possível e mal planejado, disse. Os 10 clubes mais ricos estão em outro patamar. A Série A para o Coritiba é realmente muito difícil. Se você acrescentar a isso erros graves de gestão, fica um campeonato quase impossível, continuou.

Além disso, há a pressão para que o Coritiba esteja entre os quatro que vão subir da Série B para a Primeira Divisão em 2018. Isso porque a principal receita vem dos direitos de transmissão. Em 2017, o clube recebeu R$ 34 milhões. Segundo a TV Globo, o valor será repetido em 2018. Em 2019, porém, passa a valer o valor acertado com o Esporte Interativo. Se o Coritiba não estiver na primeira divisão, receberá apenas R$ 9 milhões.

Para esta sexta-feira (15), Namur havia prometido conversar com todos os ex-presidentes do Coritiba: Francisco Araújo, Jacob Mehl, Edison Mauad, Sérgio Prosdócimo, Joel Malucelli, Giovani Gionédis, Jair Cirino, Vilson Ribeiro de Andrade e Rogério Bacellar.