FÁBIO ALEIXO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – À frente da CBF desde abril de 2015, Marco Polo Del Nero viu patrocinadores abandonarem a entidade após a divulgação de denúncias de corrupção contra ele. Quando o cartola assumiu, a confederação contava com 13 empresas anunciantes.
Desde então, Sadia, Chevrolet, Gillette, Samsung, Unimed e Michelin deixaram de patrocinar a entidade, que atualmente tem dez empresas que pagam para terem suas marcas expostas em eventos da seleção brasileira.
Nesta sexta-feira (15), o Banco Itaú, que patrocina a CBF desde 2008, afirmou que sinalizou à entidade que ela deveria se adequar a uma política de compromisso com “transparência” e “ética” na gestão do futebol.
“Como signatário do Pacto pelo Esporte e banco oficial da seleção brasileira em todas as suas categorias, o Itaú apoia e continua acompanhando as investigações em prol da transparência e da ética na gestão do futebol no mundo e no Brasil. É fundamental que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) demonstre o seu compromisso com esses alicerces, conforme já sinalizamos à confederação em oportunidades anteriores. Nossa ligação com o esporte vem de longa data e foi reforçada em 2008 quando decidimos patrocinar todas as categorias da seleção”, informou o banco em nota.
O Pacto pelo Esporte é um acordo entre empresas patrocinadoras do esporte brasileiro que tem o objetivo de contribuir para a cultura e a prática de governança, integridade e transparência do segmento. Ele é promovido pela Atletas pelo Brasil, pelo Instituto Ethos, LIDE Esporte e tem apoio do Mattos Filho Advogados.
Dos patrocinadores da seleção, Itaú, Mastercard, Gol e Vivo são signatários do Pacto pelo Esporte.
De todos os patrocinadores da entidade procurados, o Itaú e a Gol foram os únicos que responderam sobre a suspensão de Del Nero.
A Ambev e a Vivo informaram não vão comentar a decisão da Fifa. Procuradas, as empresas Nike, Mastercard, Ultrafarma, English Live, Cimed e Univesidade Brasil não se manifestaram.