O diretor-presidente do Instituto Paraná Pesquisas, Murilo Hidalgo, também considera que a ampliação da campanha eleitoral na internet através de publicidade patrocinada não é garantia de sucesso na disputa. Na avaliação dele, as redes sociais influenciam em dois fenômenos eleitorais: perder votos e divulgar o nome do político para o eleitor que precisa ser lembrado. Além disso, segundo ele, as redes sociais não tem o mesmo poder de divulgação que já tiveram há um ano. O Facebook, com essa mudança em algorítmo, perdeu muita força, aponta.

Segundo Hidalgo, apenas os candidatos majoritários devem ter recursos para manterem-se em evidência nas redes sociais. Os candidatos a deputados estaduais, pelo que a gente tem percebido, não terão fundo partidário. Ele patrocinar (no Facebook) com R$ 20, R$30 reais, por dia, não é nada. Vai ter que patrocinar R$ 10 mil ou R$ 15 mil por mês. Eles terão origem (dinheiro) para tanta coisa?, questiona.

A mídia social, com certeza, ainda vai ser o método mais barato de fazer divulgação de campanha, não conseguir voto. É um instrumento enorme para o eleitor lembrar do candidato, mas não que ele vá votar no político porque viu um anúncio legal (no Facebook). Para campanha majoritária, o Facebook tem muito mais o poder de destruir do que construir. E construir é para o político ser lembrado. ‘Lembrei dele, nem sabia que esse cara era candidato’. Para isso serve. Agora, para ganhar voto porque colocou post patrocinado, acho que não. Para perder, sim. ‘Olha esse denunciado aqui’, ironiza.

Quem segue político é o mesmo clube social. Quem segue um senador segue os outros – de 50% para mais (dos seguidores) devem ser os mesmos. Eu sigo Aécio, Dilma, Marina… Quem segue um deputado deve seguir quatro, cinco, seis, especula.

Autenticidade – Especialista em marketing pessoal, Adriano Tadeu Barbosa afirma que de maneira orgânica (sem patrocínio) a autenticidade é o que eleva o engajamento. Para Barbosa, os eleitores verão poucas propostas nas redes sociais. É mais para uma presença em um momento de autenticidade do que promessas políticas em si. Acredito que as propostas fiquem para o discurso, comício, muito com o presencial. Um exemplo é o vereador de Curitiba (Serginho do Posto) que não tem nem rede social. Agora, eu saber que a pessoa ‘é político’ e está candidato com toda certeza as redes sociais são a bola da vez (para divulgação da candidatura), aponta.

Barbosa também chama atenção para o Instagram para que o político possa ser visto. Tem que prestar atenção no Twitter e principalmente no Istagram. No Brasil é a rede social do momento. Claro, o Facebook continua sendo o maior e mais acessado. Mas muitos estão no Instagram, avalia.