Produtos e serviços voltados para o público feminino são sempre mais caros do que os similares masculinos. A diferença de valor entre eles é conhecida com pink tax, a taxa rosa. É uma questão social, uma distinção criada pelo próprio mercado de consumo, que afeta cotidianamente a carteira das mulheres.
Segundo pesquisa da MPCC – ESPM (Mestrado Profissional em Comportamento do Consumidor), com apoio da InSearch, as mulheres desembolsam, em média, 12,3% a mais por produtos que podem ser idênticos àqueles destinados aos homens. Sem falar dos produtos exclusivamente para mulheres, onde nem existe comparação com o universo masculino.
Especificamente em alguns serviços, a diferença é ainda mais marcante. Corte, escova, hidratação, depilação e manicure, por exemplo, pesam 27% a mais nos bolsos femininos. Quando falamos em vestuário, peças básicas como camisetas e calças jeans, a diferença fica em torno dos 17%.
Para piorar ainda mais o cenário, a diferença salarial entre gêneros chega, na média, a 22%. Esta difetença é uma das mais altas no mundo, e é uma das lutas históricas das mulheres brasileiras, o de conquistar o direito á isonomia salarial. Ou seja, mulheres ganham menos e pagam mais pelos produtos.