O radialista e político Elcio Berti (DEM), conhecido por medidas polêmicas quando era prefeito Bocaiuva do Sul, morreu na noite de quinta-feira (8), em Curitiba. Ele tinha 59 anos e estava internado na Santa Casa de Misericórdia, no Centro, por causa de um câncer no estômago.


Segundo informações, o velório está sendo realizado na Igreja Batista da Rua Fagundes Varela, no Bacacheri, em Curitiba. O sepultamento está marcado para as 16 horas de sexta-feira (9), no Cemitério municipal de Bocaiuva do Sul. Berti deixa viúva Lindiara Santos Berti e dois filhos do primeiro casamento.


Elcio Berti foi radialista por vários anos e era dono do Museu do Azulejo, loja que comercializava azulejos para reposição em construções antigas. Na carreira política, o ponto alto foram as duas gestões como prefeito de Bocaiuva do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba. Ele comandou a cidade de de 1997 a 2004 e elegeu a mulher, Lindiara, como sucessora, para 2005. Mas ela acabou cassada, acusada de irregularidades em sua gestão.


Em Bocaiuva do Sul, Berti ficou nacionalmente conhecido por medidas polêmicas. Em uma delas, decretou a proibição do uso de camisinhas e passou a distribuir o que chamava de “viagra do prefeito” — na verdade, amendoim. A medida visava ao aumento da população local, que havia baixado de 10 mil habitantes na época. Berti também sugeriu a construção de um ovniporto — aeroporto para discos voadores — e pretendia mudar o nome da cidade para Bocayork, uma alusão a Nova York.


A carreira política foi praticamente encerrada em 2006, quando Berti chegou a concorrer para deputado estadual, mas retirou a candidatura. Nos últimos anos, ele fazia as vezes de técnico de futebol, no comando do Operário Pilarzinho, clube que disputa a Suburbana de Curitiba.