Entrevistei a adestradora de cães Francine para a estreia da coluna do jornal Bem Paraná, o novo impresso substitui o Jornal do Estado a partir desta segunda-feira (17/6). Após um curso com o Encantador de Cães, Cesar Milan, ela aprendeu ainda mais sobre a arte de lidar com os caninos. Com um pit bull de dois anos, Daddy, que ganhou o nome do famoso companheiro de Cesar, Francine conta um pouco sobre a raça que convive todos os dias.

Acompanhe durante a semana os posts desta série: Pit bull: eu respeito! Com mais informação, talvez o preconceito e a discriminação diminuam em relação a esta raça.

Papo Pet: Qual é o temperamento do pit bull? Muitos o consideram uma raça violenta.

Francine: A raça não é violenta, é potente. Violência é uma energia projetada pelo humano, o cão apenas reage a isso. Tudo aquilo que é mal compreendido pelo humano é apenas falta de informação. A intenção de morder é a mesma de um poodle, a diferença está na intensidade e na determinação de finalizar o que começou.

O temperamento de um pit bull é a característica mais importante da raça. Um pit deve ter uma atitude confiante, forte e entusiasmada. A agressão contra humanos não é uma característica da raça. São extremamente amigáveis e gentis com humanos.

Se me perguntarem hoje qual cão é mais indicado para uma família responsável que esteja disposta a rotinas de longas caminhadas e exercícios em casa, indico um pit bull. São extremamente ligados ao dono e a família. São ótimos com crianças, pois são muito tolerantes e gentis.

Papo Pet: Quais as orientações principais para quem decide ter uma cão desta raça em relação à educação.

Francine: A educação de um pit bull não é diferente de qualquer outra raça. É importante observar que a raça é como se fosse a roupa que o animal veste, por traz dela está um animal, sua espécie, todos eles compreendem exatamente a mesma psicologia, a psicologia canina.

Todos os cães, independente da raça necessitam de exercícios, disciplina, regras e afeto. O que difere normalmente é o tipo de atividade física direcionada às características de cada raça e o nível de energia de cada um deles. Beagles, por exemplo, vão bem com atividades relacionadas ao faro e caça. Borders possuem aptidão para atividades de pastoreio.

Já os pit bulls se adaptam bem com atividades de tração ou os chamados game dog. Porém não temos muita disponibilidade de locais que oferecem atividades direcionadas para cada raça, então fica a cargo do humano em adaptar sua rotina e usar a criatividade para preencher o lado ativo de cada cão.

No post de terça-feira (18/6), a Francine conta mais sobre os pits. Se engana quem pensa que eles são cães de guarda.