Começou nesta quarta (4) em Curitiba o julgamento de doze policiais militares. Eles vão à juri popular sob acusação de executarem cinco suspeitos que estavam em um carro roubado, um Gol com placas CMU-9672, na madrugada do dia 11 de setembro de 2009, no bairro Alto da Glória, próximo ao Estádio Couto Pereira. O julgamento pode ser um dos mais longos da história. 

Segundo a versão dos policiais, os cinco rapazes teriam furado os bloqueios policiais e atiraram contra os oficiais, por isso houve troca de tiros. Os cinco foram levados para o Hospital Cajuru, mas morreram. Dos cinco suspeitos baleados, três já tinham antecedentes criminais. De acordo com a defesa dos policiais, no dia 10 de setembro de 2009,horas antes do confronto, els tinham cometido pelo menos cinco assaltos.

 

Já de acordo com o Ministério Público do Paraná (MP-PR),  os cinco suspeitos estavam feridos, dois deles já baleados, teriam se rendido aos policiais que os algemaram e colocaram na viatura. Ao contrário da versão repassada pelos PM´s, os rapazes não teriam atirado contra a polícia. Segundo a acusação, o aparelho rastreador implantado nas viaturas da PM pela Secretaria da Segurança demonstrou também que as viaturas seguiram primeiro para um matagal no bairro Santa Cândida e só depois foram levadas mortas ao Hospital Cajuru. O MP vai usar imagens captadas pelo circuito interno de TV de uma clínica na Rua Nicolau Maeder que registraram o momento da abordagem e mostram numa rápida ação policial um dos rapazes que apareceu morto sendo dominado, revistado por um policial e conduzido, caminhando, à viatura policial. Ele morreu com dois tiros no peito. Além das três viaturas da Rotam, outras duas viaturas de área teriam participado da execução.