Há 28 anos, a Fundação Volvo Environment Prize seleciona e reconhece cientistas de todo o mundo que se destacam por suas pesquisas e descobertas na área ambiental. Em 2016, Carlos Nobre, membro da Academia Brasileira de Ciências, da Academia de Ciências dos EUA e da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza foi o escolhido pela instituição sueca.

A cerimônia de premiação foi em 30 de novembro, em Estocolmo, na Suécia, e contou com centenas de convidados do setor público, cientistas, políticos, entre outros. O pesquisador brasileiro foi indicado pelo comitê científico da fundação e selecionado pelo júri da premiação por seus esforços pioneiros realizados para entender e proteger a Amazônia, um dos ecossistemas mais importantes do mundo.

Na opinião de Nobre, o reconhecimento é a consolidação de sua carreira e também reforça a atualidade de suas pesquisas. “Desde a década de 1970 a Amazônia chama a minha atenção de uma maneira apaixonante. Estudar os impactos e as consequências do desmatamento foi algo pioneiro em 1980, mas hoje é algo extremamente atual e urgente”, comenta ele, que é engenheiro eletrônico pelo Instituto de Tecnologia de Aeronáutica (ITA), doutor na área de meteorologia pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e especialista em modelagem matemática de cenários climáticos. Ele já atuou como secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do então Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), diretor do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Sua carreira científica e sua luta contra as alterações climáticas no planeta já lhe renderam muitos prêmios, entre eles o Nobel da Paz de 2008, que recebeu como membro do Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas (IPCC).