Riad, 27 (AE-AP) – A polícia prendeu 172 militantes islâmicos prontos para promover atentados na Arábia Saudita, alguns dos quais foram treinados em pilotagem no exterior para poder atacar com aviões campos petrolíferos, anunciou hoje o Ministério do Interior.

Num comunicado, o ministério afirmou que os detidos, que se organizavam em sete células, planejavam promover ataques suicidas contra “figuras públicas, instalações petrolíferas, refinarias e zonas militares”. Havia também a intenção de invadir prisões e libertar prisioneiros.

“Eles haviam alcançado um alto grau de preparação e faltava apenas determinar a hora dos ataques”, segundo o porta-voz do ministério, brigadeiro Mansour al-Turki. “Eles tinham o pessoal, o dinheiro, as armas”.

O ministério afirmou que alguns dos insurgentes foram “enviados para outros países a fim de aprender a pilotar aviões; e eles seriam usados para promover ataques terroristas dentro do reino” lembrando os atentados suicidas de 11 de Setembro nos EUA, quando militantes da rede Al-Qaeda atiraram aeronaves contra o World Trade Center e o Pentágono.

A tevê estatal mostrou imagens de grande quantidade de armas que teriam sido descobertas enterradas no deserto. Entre elas, explosivos plásticos, fuzis e munição. Cerca de US$ 32,4 milhões teriam sido apreendidos na operação.

O ministério não revelou o nome do movimento ao qual pertenceriam os militantes, referindo-se a ele apenas como um “grupo marginal” – um termo normalmente usado para caracterizar terroristas islâmicos.

O grupo terrorista Al-Qaeda, liderado pelo dissidente saudita Osama bin Laden, tem pedido por ataques contra instalações petrolíferas do reino como forma de comprometer a economia da Arábia Saudita e prejudicar o Ocidente, acusado por ele de pagar muito pouco pelo petróleo da região.