Ela tem nove anos. Pesa seis quilos. A poodle toy está acima do peso. Come de tudo. É só pedir. Nem precisa fazer muito charme. No cardápio, uma imensa variedade, até feijoada. Mas ela ao ser servida com o prato completo, se recusa a comer a couve! Acha sem gosto. Mas este cardápio sem fim de gostosuras está por um triz. A pequena deve passar por uma avaliação veterinária e em breve vai se sentir em um Spa. Dieta já para Belinha!
Não resisto a dividir o peito de peru fatiado com a minha cachorra. Ela pede, pede até que eu cedo. Sei o quanto faz mal, para mim e para ela. Mas é só um pedacinho, não é mesmo? Outra coisa que ela adora é o bifinho. Aqueles petiscos industrializados feitos especialmente para cães. No caso da Bebel, acredito que em virtude das longas caminhadas e da alimentação quase 100% de ração, ela mantém a forma.
Mas veterinários são unânimes em recomendar apenas o uso de ração para os bichos de estimação. Segundo a veterinária endocrinologista e professora da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Carolina Cavalcante, este é o alimento ideal para os cães e gatos. “Já possui toda a necessidade diária do animal quanto à proteína, carboidratos, vitaminas minerais e calorias”, explica.
A obesidade é um mal que atinge além dos humanos, os animais. Em especial, os cães. Tenho observado que o nosso hábito alimentar influencia diretamente na alimentação destes bichinhos de estimação. Se a gente come mal, eles também. Se não gostamos de fazer exercícios, eles também sofrem com o sedentarismo.
“A doença se desenvolve quando a energia ingerida é maior do que a energia gasta por longos períodos de tempo. Vários fatores contribuem para o seu desenvolvimento, como pouca atividade física, alimentação excessiva do animal, genética, castração, e outros”, alerta Carolina. Segundo a especialista, a obesidade é um importante fator de risco para o desenvolvimento de diversas doenças, como diabetes mellitus, doenças ortopédicas, afecções do trato respiratório e urinário.
Obeso, eu? – A obesidade pode ser diagnosticada com base na avaliação física do paciente, pesagem do animal e comparação com peso ideal para cada raça, fórmulas semelhantes ao IMC humano ou por métodos de diagnóstico por imagem que calculam o percentual de gordura corpórea.
Tratamento – Em avaliação veterinária é realizado um cálculo da necessidade de caloria que o animal precisa ingerir diariamente e é estipulada uma dieta específica para animais obesos. Além disso, para que o animal perca peso é necessário aumentar o gasto energético, e a melhor maneira é através de exercícios físicos.
Agende-se – Na segunda-feira (9/6), das 19h às 21h, um evento no saguão do auditório Tristão de Athayde, no Câmpus Prado Velho da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), vai fazer avaliação gratuita de cães obesos. Para participar do evento é necessário se inscrever pelo telefone (41) 3271-1400. Vagas limitadas.