Uma fábrica em Araucária, Região Metropolitana de Curitiba, movimenta o mercado pet brasileiro. Especializada em petiscos para cães, a V.I.P.dog fabrica docinhos sem adição de cacau ou açúcar, ingredientes que podem fazer mal à saúde dos animais. Já contei aqui sobre os efeitos tóxicos do chocolate para cães.

Os produtos são feitos a partir de uma fórmula semelhante a do chocolate, desenvolvida pelo mestre chocolatier e proprietário da fábrica Julius Erwin Kaeser. Formado pela renomada escola alemã Die SüBwaren-Akademie, Julius trabalhou por 20 anos na Nestlé e investiu nos petiscos com imitação de chocolate para o público de pets do Brasil, que vem crescendo ano a ano.

A empresa produz cerca de 700 quilos de chocolate por mês. Em 2010, fechou parceria com a Akron, distribuidora oficial das rações Royan Canin no Brasil. Com uma área de 350 metros quadrados, a V.I.P dog teve um crescimento de 20% em 2011 e tem como principais praças São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Para 2012 a empresa já começou a expandir os negócios para o exterior com encomendas para Colômbia, Equador, Venezuela e Peru.

Conheça a história deste empresário catarinense que conta com a parceria de um lhasa apso para aprovar os produtos. 

De onde surgiu a ideia de produzir produtos para cães?

Notei uma oportunidade comercial muito grande, já que não existem empresas especializadas nisso aqui no Brasil. Utilizei meu conhecimento como mestre chocolatier para desenvolver uma fórmula semelhante ao chocolate, mas sem cacau e açúcar – ingredientes altamente tóxicos para os cães. O resultado foi uma mistura de leite, amido, gordura vegetal, maltodextrina e aroma de baunilha, que serve como base para bombons e recheio para waffles.

Como está o Paraná em relação ao mercado brasileiro?

O Paraná é o quinto maior consumidor dos nossos produtos. Tivemos um incremento de 15% nas vendas de produtos de Páscoa em relação ao ano passado. O mercado de petiscos de um modo geral vem crescendo. Representava há 2 anos aproximadamente 8% do faturamento de petshops. Hoje, este percentual está em 12%. A razão disto se deve a uma margem de lucro maior comparada com as margens praticadas com rações, por exemplo.

Como é o controle de qualidade dos produtos?

Sempre degusto todos os meus produtos e, claro, peço ao Flock, meu shitsu de três anos, para dar uma opinião também. Os testes também incluem algumas petshops selecionadas e a família. Faço minha própria pesquisa de mercado entre amigos e família.

Sempre que lançamos novos produtos, um dos nossos fornecedores de palatabilizantes faz testes no canil deles, por sinal um dos melhores do país. Com isto, temos um direcionamento da aceitação do produto.

Qual o carro chefe da Páscoa?

São os Chocovinhos cuja fabricação é mais intensa na época da Páscoa por ser o produto cujo formato mais se adéqua à data.

Gatos comem este tipo de produto?

Podem comer, pois os ingredientes que usamos não fazem nenhuma mal à saúde dos pets. Porém, os cães costumam apreciar mais os petiscos.