Uma rede de trilhas ecológicas por entre as áreas de Mata Atlântica preservada na região dos Campos Gerais está em desenvolvimento para estimular a educação para conservação da natureza e a manutenção do patrimônio natural. A partir da parceria entre o Instituto Purunã e a Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS), uma avaliação ecológica foi realizada para estruturação das trilhas. A ação acontece em um remanescente da Floresta com Araucária, ecossistema associado ao bioma Mata Atlântica, no distrito de São Luiz do Purunã, em Balsa Nova.

A primeira ação das instituições é a reestruturação da Trilha da Floresta Encantada, na Fazenda Monjolo. A área particular tem cerca de 260 hectares com 84% de cobertura florestal em diferentes estados de conservação. Segundo a técnica da SPVS, Natasha Choinski, o projeto representa um passo importante para a ampliação de uma cultura de preservação da natureza. “Já não existem florestas como as de São Luiz do Purunã. Remanescentes bem conservados de Mata Atlântica como os que encontramos na Fazenda Monjolo são raros e estão ameaçados”, diz a pesquisadora.

A Fazenda Monjolo abriga nascentes e alguns córregos. A avaliação ecológica registrou na área espécies nativas ameaçadas, como a araucária, o xaxim-bugio, a imbuia, além de uma família de bugios. “É um projeto que tenho na cabeça há anos, mas sozinho era difícil colocar em prática”, conta Roberto Kulig, proprietário da fazenda. “Com o apoio técnico da SPVS e do Instituto Purunã vai ser possível transformar a Fazenda Monjolo em um exemplo de conservação para outras propriedades”, afirma.