Michelle Obama (Foto: Reprodução/Instagram)

Mudar pra que? Porque sim, porque você quer, porque chegou a sua hora. A gente passa tanto tempo se adequando a modismos, padrões, opiniões alheias e esquece o que quer de verdade. A gente alisa os cabelos porque os outros dizem ser mais adequado, não usa a cor preferida porque não está na cartela da sua estação, não usa saia porque não tem mais idade pra isso, usa calça wide leg porque está na moda. Só digo a vocês que tudo isso é uma baita de uma perda de vida. 

Eu entendo que há momentos e situações que impõem certos códigos, mas, mesmo dentro deles, é possível respeitar estilo, personalidade. A natureza grita e uma hora aparece. É bom estar preparada para vivê-la completamente.

Esses dias acompanhei notícias sobre o lançamento de “The Light We Carry”, o novo livro de Michelle Obama. Durante a turnê, a ex-primeira dama dos Estados Unidos mostrou um estilo completamente diferente. Foram-se os looks sociais, os tubinhos floridos e o cabelo alisado. Vieram informação de moda, irreverência, diversão. É fato que, enquanto primeira-dama, a primeira negra a ostentar o título no país, ela precisou adequar a imagem e as atitudes. Mas como isso ficou no passado, o grito de independência fashion veio para a Michelle de hoje, aos 58 anos.

Segundo o ‘The New York Times’, a primeira aparição com o novo estilo foi em Nova York, com um terninho amarelo no programa “Today”. Depois veio a camisa Versace transparente com calça rosa. Teve também terninho de veludo Balmain com uma camiseta com estampa de Diana Ross. Ela mesma disse à Ellen DeGeneres, durante a turnê, que considerou usar tranças enquanto estava na Casa Branca, mas achou que o público não estava pronto para isso.

Agora, livre e, sobretudo, consciente do seu papel, adotou o penteado que remete à ancestralidade negra, roupas mais despojadas e escolheu estar mais confortável e à vontade com ela mesma.