
O deputado estadual Ricardo Arruda (PL) registrou hoje boletim de ocorrência na polícia contra o deputado Renato Freitas (PT) por supostas ameaças sofridas nas sessões plenárias dos dias 27 e 28 da Assembleia Legislativa. Na ocasião, Freitas se referiu à acusação pelo Ministério Público de tráfico de influência contra Arruda.
“Quando, a exemplo do deputado Ricardo Arruda, se desvia do caminho, propaga a mentira, o resultado é a morte” e ” Deputado Arruda, arrependa-se. Há tempo enquanto há vida”, declaro o parlamentar na ocasião.
O deputado do PL também informou em nota que pretende pedir instauração de processo disciplinar por quebra de decoro contra Freitas na Corregedoria da Assembleia.
Em nota, Freitas afirmou que chamou a atenção para o processo criminal que o próprio Ricardo Arruda responde, como incurso nos crimes de associação criminosa; peculatoe tráfico de influência, destacando que, dentre os diversos delitos denunciados pelo Ministério Público do Paraná, consta a interferência ilegal e imoral do deputado, que agiu com vistas a garantir a restituição à PM/PR de policiais expulsos da coorporação por terem cometido o crime de homicídio.
“Na sessão do dia seguinte, 28/03, Ricardo Arruda acusou o adolescente Caio, menor de idade e sem passagens pela polícia, assassinado pela Guarda Municipal de Curitiba no último dia 25, de ter ameaçado os oficiais com uma faca, versão que é contestada pela família”, afirma o deputado.
Em resposta, Freitas afirma que relembrou o processo criminal de Arruda e associou a propagação de fake news a um tipo de política que produz a morte de inocentes. Parafraseando versículos bíblicos, Freitas disse ainda que acreditava no arrependimento do parlamentar como uma forma de se redimir, alega.
“Como se não bastasse, Arruda imputou, sem apresentar qualquer indício, que Freitas possui envolvimento com facções criminosas. Acusação gravíssima pela qual o parlamentar bolsonarista será responsabilizado”, diz o deputado.
“Ressalta-se ainda, que é possível vislumbrar na atitude do parlamentar uma das facetas do racismo, que, em nossa sociedade, tende a atribuir a pessoas negras o estigma de perigosas, mesmo quando ocupam espaços de poder”, avalia Freitas. “Na verdade, sabemos que a acusação de Arruda só acontece porque o preconceito e a discriminação racial permitem que esse tipo de calúnia caia como uma luva no contexto de nossa sociedade racista”, afirma.