Ação do Instituto Compartilhar em Curitiba: atendimento a 1,8 mil crianças e adolescentes em 17 núcleos (foto: Antônio More)

A prática de esportes é capaz de transformar vidas. Não só em termos de saúde corporal e mental (as melhoras cardiovasculares, metabólicas e psicológicas são comprovadas pela medicina). O esporte também é capaz de abrir portas para o futuro de muitas crianças e jovens. É o que acredita o Instituto Compartilhar, entidade sem fins lucrativos que atende crianças e adolescentes de 9 a 15 anos. Criado em Curitiba, o instituto foi fundado pelo técnico de voleibol multicampeão Bernardo Rezende, o Bernardinho. O projeto é uma continuação do trabalho iniciado em meados da década de 1990 com a criação do Centro Rexona de Excelência do Voleibol, na capital paranaense, em uma parceria com o Governo do Estado e a Unilever, empresa detentora da marca Rexona.

Em 2003, Bernardinho fundou o Compartilhar dando continuidade ao trabalho social e ampliando para outras regiões do Brasil. Atualmente, o projeto Vôlei em Rede – Núcleos Paraná atende a cerca de 1,8 mil crianças e adolescentes em 17 núcleos que, com exceção do Núcleo Central, funciona em escolas públicas estaduais e conta com professores de educação física disponibilizados pela Secretaria Estadual de Educação para ministrarem as aulas. Hoje possui 41 núcleos em 21 municípios de cinco estados (Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo e o Paraná), que atendem cerca de 3,5 mil alunos, preferencialmente de escolas públicas. No Paraná, os núcleos estão distribuídos por todo estado incluindo as cidades de Curitiba, Campo Largo, Cascavel, Cianorte, Cornélio Procópio, Francisco Beltrão, Guarapuava, Guaratuba, Londrina, Maringá, Ortigueira, Pato Branco, Pitanga, Ponta Grossa, Ribeirão do Pinhal, Telêmaco Borba e Toledo.

Desde que foi fundado, o instituto, por meio de seus projetos do programa socioesportivo, já beneficiou cerca de 35 mil alunos. “O Instituto Compartilhar se orgulha de todos os seus alunos e ex-alunos, pois seu objetivo principal é formar pessoas melhores para a vida e que tenham tido uma experiência positiva no esporte”, afirma Luiz Fernando Nascimento, gerente executivo da entidade.

Talentos

Mesmo não focando na detecção de talentos, alguns destaques do voleibol começaram sua aproximação com o esporte por meio do Compartilhar. São os casos da levantadora Roberta Ratzke, medalhista olímpica e mundial com a seleção brasileira feminina; Rhendrick Rhesley, atleta do Minas Tênis Clube na Superliga; e Thainara Oliveira e Aline Lebioda, medalhistas de prata em uma etapa do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia.

O instituto também realiza cursos voltados para profissionais de educação física e áreas afins, que podem aprender sobre a Metodologia Compartilhar de Iniciação ao Voleibol, Mini Vôlei, ensino de valores e outras temáticas que a entidade usa em suas aulas. A receita desses cursos é revertida para ações do Compartilhar.

 “Nossa atuação se dá, em sua maioria, em parceria com as secretarias da Educação, atuando em escolas públicas e envolve aulas de vôlei no contraturno escolar com metodologia própria que une o esporte e a educação. Assim, contribuímos para a formação de seres humanos mais ativos, saudáveis, aptos a tomar decisões conscientes e responsáveis, participativos na sociedade e tolerantes, confirmando a missão de desenvolvimento humano por meio do esporte.”

Luiz Fernando Nascimento, gerente executivo do Instituto Compartilhar.

FICHA

Instituto Compartilhar

Quando começou: Projeto foi criado em 2003.

Forma de atuação: Professores da rede estadual de ensino e voluntariado.

Quais são as ações praticadas: Aulas de voleibol.

Quantas pessoas atende: 3,5 mil crianças e adolescentes de 9 a 15 anos distribuídos por 41 núcleos, em 21 municípios de cinco estados (Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo e Paraná).

Parceria com órgãos públicos: Sim. Mantém parceria do Governo do Estado do Paraná, com prefeituras municipais nos estados do Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo, além dos parceiros institucionais e parceiros privados por meio da Lei Federal de Incentivo do Esporte, do Ministério do Esporte e Governo Federal.

Como colaborar: Para ser um padrinho/madrinha, parceiro ou voluntário do projeto, acesse: www.compartilhar.org.br/quero-ajudar/.

O projeto Rede do Bem

Para comemorar os seus 40 anos, o Bem Paraná criou o projeto Rede do Bem, que vai reunir o perfil de 40 entidades e ONGs de Curitiba voltadas a ajudar causas relevantes para sociedade. Até a data do aniversário do Bem Paraná, no dia 17 de junho deste ano, serão publicados os perfis das entidades às quartas, quintas e sexta, com o objetivo de divulgar o trabalho e assim fomentar a participação da sociedade.