
O principal suspeito de hackear o sistema do hospital particular de Taguatinga, no Distrito Federal (DF) foi preso nesta manhã de sexta-feira, 29 de setembro, em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná. A ação faz parte da operação de Sick Horse.
Segundo a Polícia Civil do DF, responsável pela investigação, o suspeito de 21 anos usou um tipo de vírus, chamado ransomware, para criptografar os dispositivos e exigir pagamento para não divulgar informações obtidas.
Na casa do suspeito foram apreendidos o computador e os celulares do jovem. Há suspeita da participação do acusado em outras invasões de sistemas. Segundo a investigação, o mesmo ransomware já havia sido utilizado em 2022 por hackers em ataques contra o Superior Tribunal de Justiça (STJ), o Governo do Distrito Federal (GDF), o Banco de Brasília (BRB) e o Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT), “causando graves transtornos na infraestrutura de informática de tais órgãos”.
Ainda conforme a polícia, em agosto de 2023, uma rede de hospitais nos Estados Unidos foi alvo do malware ransomware. Tal ataque causou graves transtornos em hospitais localizados nos seguintes Estados: Califórnia, Texas, Connecticut, Rhode Island e Pensilvânia.
Ainda nesta sexta-feira (29) foi preso um ex-funcionário do hospital de Taguatinga (DF), que segundo a polícia auxiliou o hacker na invasão. O suspeito tem 26 anos e foi localizado na região de Valparaiso de Goiás (GO).
O delegado Guilherme Fontana, de Ponta Grossa, explicou que os criminosos exigiram que o pagamento fosse feito em moeda virtual – bitcoins – na tentativa de dificultar o rastreio dos valores.
De acordo com a Polícia Civil, o ransomware utilizado pelo hacker de Ponta Grossa tem o potencial de interromper o funcionamento de equipamentos médicos utilizados em cirurgias e demais procedimentos que dependem de acesso a rede de informática para funcionar, além de criptografar informações médicas de pacientes e demais dados ligados ao funcionamento do hospital.