RELOGIOS RELOGIO
O relógio da Praça Osório (Foto: Franklin de Freitas)

Olha a hora! Grita o rádio desde que o dia amanhece. Então, logo cedo, já encaramos o passar do tempo. É como uma fixação. E as horas seguem conosco ao longo do dia, seja na tela do celular, pendurado ao pulso ou, para quem vai para o Centro de Curitiba, pelas dezenas de relógios de rua que fazem parte da paisagem curitibana.

Sim, como toda cidade grande, o Anel Central de Curitiba tem muitos relógios de rua. Antiquado em uma era digital? Pode até ser, mas fazem parte do cenário (alguns há mais de um século), e mesmo que despercebidos, lá estão como vigilantes do tempo.

E como falamos das horas, de tempos em tempos há quem se lembre destas peças. Em 2019, a Prefeitura de Curitiba até publicou uma matéria relacionando alguns deles.

“Não são poucas as pessoas que já citaram o Relógio da Praça Osório, na Boca Maldita como referência ao marcar um encontro. É um dos mais antigos de Curitiba, instalado em 1914”, diz o texto logo na abertura, apontando um local nevrálgico da urbe.

E nesta região da cidade são muitos os relógios em funcionamento — e outros nem tanto. No calçadão tem um dos primeiros relógios digitais da cidade que marcava ainda a temperatura, o Paço da Liberdade, na Praça Generoso Marques, tem o seu, a Catedral Metropolitana também.

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Relógio da Catedral (Foto: Luiz Costa)

Estão ali no corredor que mais recebe pessoas na cidade, como a alertar sobre a correria do dia. Olha a hora que o tempo passa e não espera. Piscou? Lá se foi um minuto.

Tem ainda o relógio de flores, na Praça Garibaldi, tem relógio de sol na Praça Tiradentes, relógios que reluzem no alto de arranhas céus, e relógios que se escondem em fachadas de antigos comércios, pendurados ou encrustados no concreto. Pare um momento e olhe para o alto, e com certeza vai acabar vendo um relógio.

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Relógio de sol (Foto: Luiz Costa)

Ainda andando pelo Centro, chegue na Rua 24 Horas e adivinhe o que vai encontrar: um relógio. Na verdade são dois, um em cada entrada, que marcam não 12, mas 24 horas. Surpreso? Neste caso, o tempo não se repete.

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Rua 24 Horas (Foto: Luiz Costa)

Muitos outros prédios históricos também preservam relógios. No antigo prédio da Estação Ferroviária, hoje fachada do Shopping Estação, o relógio é mantido como era em 1885.

Ali perto, o prédio do Campus Rebouças da UFPR também está com seu relógio ao alto intacto, embora nem sempre em funcionameto. A fachada da Santa Casa, na Praça Rui Barbosa, é outro que ainda “escuta” o tic-tac sem parar.

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Relógio da Santa Casa (Foto: Luiz Costa)

Sem falar nos inúmeros totens que marcam as horas e dão as temperaturas. Modernos, estão espalhados pelas ruas da Capital. E, quem disser que nunca deu uma olhadela, estará mentindo.

Porque, apesar da pressa de chegar (isso é por conta de cada um), marcar o tempo é quase uma obsessão humana. Assim, mesmo se não damos a devida atenção a estes equipamentos, imagine se amanhecêssemos sem eles a partilhar nosso dia. Seria como se tivessem roubado o tempo.

Bem Paraná

Para comemorar os 41 anos, o Bem Paraná publica uma série de reportagens especiais. Serão 41 reportagens sobre lugares de Curitiba, 41 sobre manias dos curitibanos, 41 craques de futebol do Paraná e 41 bandas e músicos da capital paranaense.

O aniversário é comemorado no dia 17 de junho.

A matéria acima faz parte do caderno sobre Lugares de Curitiba. Cada canto tem uma história. Cada esquina, um segredo. Curitiba, cidade metrópole, é assim. Com seus 331 anos, diversificada e cheia de causos. E contar as histórias de Curitiba sempre foi uma das missões do Jornal Bem Paraná, desde os idos de 1983, quando nasceu como Jornal do Estado.