
Dezembro começou e, por trás de toda a corrida por compra de presentes, um item sempre é bastante característico para quem celebra o Natal: a famosa árvore. Acompanhe, a seguir, algumas curiosidades sobre o simbolismo do pinheirinho de Natal, contidas no livro de Evaristo Eduardo de Miranda, o Guia de curiosidades católicas!
1. Quem inventou a árvore de Natal?
A criação da árvore de Natal é associada a São Bonifácio, missionário encarregado de evangelizar a Alemanha. Ele nasceu na Inglaterra em 672 e morreu martirizado em 5 de junho de 754. Conhecido como Bonifacius (nome em latim, que significa “aquele que faz o bem”) dedicou-se à evangelização em áreas que agora compreendem os estados alemães de Hessen e Turíngia, por cinco anos. Em 722, São Bonifácio tornou-se bispo local e, um ano depois, inventou a árvore de Natal.
2. Por que surgiu a árvore de Natal?
Em 723, São Bonifácio decidiu derrubar um grande carvalho perto da atual Fritzlar, na Alemanha, dedicado ao deus Thor. Essa ação buscava convencer tanto a população quanto os druidas de que a árvore não era sagrada. Esse episódio é reconhecido como o início formal da cristianização da Alemanha. No período do Advento, enquanto pregava sobre o Natal, São Bonifácio declarou: “Doravante, chamaremos esta árvore de árvore do Menino Jesus”. Assim, a tradição de plantar pequenos pinheiros para celebrar o nascimento de Jesus teve origem, espalhando-se pela Alemanha e, posteriormente, pelo mundo.
3. Por que as árvores de Natal são enfeitadas?
A tradição cristã liga a árvore de Natal a uma nova árvore da vida, a do jardim do Éden no Paraíso bíblico (Gn 2,9). É habitual enfeitá-la com bolas coloridas, imitando frutos, e outros adornos natalinos. Durante o período de São Bonifácio, as árvores de Natal eram decoradas com maçãs, simbolizando uma nova vida distante do pecado original. Ao contrário do mito do Éden, envolvendo a serpente e a “maçã”, a árvore de Natal passou a simbolizar vida e salvação. Ademais, as árvores eram decoradas com velas, representando Jesus como a luz do mundo. Essa prática difundiu-se pela Europa.
4. Esses enfeites tem mais algum significado?
Sim, representam virtudes, aspirações, laços e anseios das pessoas e do local onde a árvore de Natal está situada. As tradições variam, com algumas pessoas optando por colocar 12 bolas (ou múltiplos de doze) para recordar os doze apóstolos. Outras escolhem 33 bolas, simbolizando os anos da vida de Jesus. Há também quem enfeite gradualmente a árvore de Natal com 24 a 28 bolas, de acordo com o número de dias do Advento.
5. Existe algum sentido espiritual no enfeite da árvore de Natal?
Pode existir! Em determinadas famílias, as bolinhas da árvore de Natal são colocadas fazendo-se uma prece ou um propósito específico, até o dia do nascimento de Jesus. Em algumas comunidades religiosas, cada esfera representa o que se vive ao longo de todo o período do Advento: as azuis indicam preces de arrependimento, as prateadas de gratidão, as douradas de louvor e as vermelhas de súplica.
6. Por que se colocam bengalas, 3 sinos e 7 anjinhos?
Os ornamentos da árvore de Natal proporcionam um espaço para a liberdade, expressão artística e poesia na criatividade familiar. Alguns são de natureza tradicional e merecem destaque. Os três sinos simbolizam a Santíssima Trindade e costumam decorar a guirlanda de Natal, situada na entrada das residências. Os sete anjinhos representam os espíritos angelicais, os anjos das crianças diante de Deus, observando e intercedendo por todos (Mt 18,10). As pequenas bengalinhas evocam a jornada, o trabalho individual e também o pastoreio de Jesus, simbolizando o cajado do bom pastor. Também são pendurados na árvore ou aos seus pés pequenos e encantadores pacotes e presentes, simbolizando boas ações e sacrifícios, os “presentes” que serão oferecidos a Jesus no Natal.
7. O que faz uma estrela no topo da árvore de Natal?
Ela emana luz, direciona e aponta para o firmamento. Na extremidade do pinheiro, no cume da árvore de Natal, é comum posicionar uma estrela, radiante. No ponto mais alto, ela evoca a estrela de Belém, a estrela-guia seguida pelos magos do Oriente (Mt 2,2.9.10). Para os católicos, no ápice da árvore de Natal, a estrela também simboliza a fé que deve iluminar e guiar a vida dos cristãos, sempre acima de suas cabeças. Essa estrela-guia, assemelhada a um cometa, também é situada ou representada por luzes no presépio e até mesmo na fachada de residências, comércios e arranha-céus.
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