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A Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran) concluiu o inquérito que investigava a morte do idoso Edmundo Goralewski, de 89 anos, na Rua Ubaldino do Amaral, no Alto da XV, em 28 de setembro, após desmaiar e ser atropelado. O motorista que atropelou um idoso após ele desmaiar e cair na rua e a enfermeira que negou socorro à vítima, foram indiciados nesta quinta (19) por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. E outras duas pessoas foram indiciadas por omissão de socorro.

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O delegado Edgar Santana, disse que o motorista foi negligente no caso da morte do idoso. “Entendemos com base nas provas que foram produzidas que ele teve uma conduta negligente. Ou seja, deixou de adotar as devidas cautelas e cuidados na direção do veículo e justamente essa falta de atenção que ocasionou o atropelamento da vítima”, afirmou.

Em seguida, uma mulher parou o veículo para ajudar o idoso, que ainda estava respirando, como apontam as investigações. Ela correu até um hospital próximo para pedir por socorro, mas a enfermeira que a atendeu recusou o atendimento. A profissional da saúde alegou que estava sem os equipamentos necessários para prestar socorro e decidiu não fazer o atendimento para preservar a integridade física da vítima. “Ela também não prestou auxílio imediato a vítima naquele local. A lei estabelece que profissionais da saúde tenham o dever legal, ético e profissional de atuarem quando presenciam uma situação de emergência desde que não coloquem em risco a própria segurança”, disse o delegado.

Morte de idoso: Porteiro e motorista são indiciados por omissão de socorro

Outras duas pessoas foram indiciadas por omissão de socorro. Uma delas é o porteiro de um prédio próximo ao acidente que viu pela câmera de segurança o idoso desmaiar e nada fez. Segundo o delegado Edgar Santana, ele alegou que chamou o Siate e uma moradora do prédio. “Mas ele deveria ter ido ao local e socorrido o idoso”, afirmou o delegado. O motorista de um Ford Ka que desviou do idoso desmaiado na rua também foi indiciado por omissão de socorro: “Ele poderia ter socorrido a vítima e ainda sinalizado o local para evitar o atropelamento”.

O inquérito foi encaminhado pela Polícia Civil ao Ministério Público, que tem dez dias para decidir se oferecerá denúncia.