Inauguração da Horta Comunitária Moradias Marumbi
Produtores paranaenses ampliam área de plantio de salsinha e cebolinha (Foto: Geraldo Bubniak/AEN) A horta também tem apoio do programa Cultivar Energia, da Copel, que incentiva a instalação de hortas comunitárias em imóveis sob as linhas de transmissão e distribuição. 22/01/2020 – Foto: Geraldo Bubniak/AEN

O Boletim de Conjuntura Agropecuária da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab) mostra que a cebolinha e a salsinha, dois dos temperos naturais bastante utilizados em saladas, alimentos quentes e para enfeite de pratos, aumentaram em até 63,5% a extensão de plantio em dez anos no Paraná.

A primeira subiu de 525 hectares para 749 hectares (42,6% a mais), enquanto a salsinha avançou 63,5%, passando de 453 hectares em 2014 para 741 hectares em 2023.

O desempenho dessas culturas é apresentado com mais detalhes no Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 17 a 23 de janeiro. O documento preparado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, também fala sobre cultivo de pera, evolução da colheita do milho, e produção e exportação de carne bovina e suína.

O Paraná é o quarto maior produtor da dupla cebolinha/salsinha no Brasil, ranking liderado por São Paulo. Em 2023 os dois temperos foram plantados em pouco menos de 1,5 mil hectares em solo paranaense e responderam cada um deles por 1,1% dos R$ 7,2 bilhões de Valor Bruto da Produção (VBP) referente às 54 espécies da olericultura desenvolvida no Estado.

Foram retiradas 10,3 mil toneladas de cebolinha, que tiveram um VBP de R$ 75,5 milhões. A salsinha forneceu as mesmas 10,3 mil toneladas, com valor um pouco superior, alcançando R$ 77,7 milhões. Mais da metade da produção das duas culturas saíram do Núcleo Regional de Curitiba, com destaque para São José dos Pinhais e Mandirituba.

O aumento foi significativo ao longo dos dez anos analisados, mas nesse período houve momentos em que o produtor ficou ainda mais satisfeito. Para a salsinha, o ano de 2016 rendeu R$ 171,2 milhões, enquanto os produtores de cebolinha foram beneficiados com R$ 117,1 milhões em 2020.

Esses dois temperos naturais não são bons apenas para os produtores comerciais. “Com uma potência econômica oculta e um pouco deslocados da visão nas gôndolas de varejo e meio perdidos na lista de compras, os maços de salsinha e cebolinha podem ser cultivados em vasos acima da pia de casa, nas áreas e sacadas ou, melhor ainda, em uma pequena horta”, orienta o engenheiro agrônomo do Deral, Paulo Andrade.