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SUS vai usar tecido doado após parto para tratar queimaduras (Foto ilustrativa: Freepik)

O Ministério da Saúde anunciou que o Sistema Único de Saúde (SUS) vai passar a oferecer o transplante de membrana amniótica, um tecido que envolve o bebê durante a gestação e é coletado após o parto, com autorização da mãe.

A técnica inovadora faz parte da chamada terapia regenerativa, que ajuda a acelerar a cicatrização das lesões e a reduzir infecções, dores e o risco de cicatrizes mais graves, como queloides. Segundo especialistas, esse tipo de curativo natural cria uma barreira contra bactérias.

O uso da técnica foi aprovado no dia 9 de maio de 2025 pela Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS). Agora, as equipes técnicas do ministério terão até 180 dias para disponibilizar o procedimento em hospitais públicos.

Os critérios para as doações, que dependem de consentimento das gestantes, devem ser divulgados até setembro, em uma atualização do Regulamento Técnico do Sistema Nacional de Transplantes.

Sistema Nacional de Transplantes passa por mudanças

A inclusão da membrana amniótica é uma das atualizações recentes no Sistema Nacional de Transplantes (SNT). Nos últimos 100 dias, o Ministério da Saúde também passou a incluir novos procedimentos na tabela do SUS, como os transplantes de intestino delgado e multivisceral, e criou códigos para exames como o ecocardiograma para doadores de coração.

Além disso, houve reajuste nos valores pagos pelo SUS para os líquidos usados na preservação de órgãos e melhorias nos pagamentos relacionados à reabilitação de pacientes com falência intestinal. Também foram nomeados os membros das 13 Câmaras Técnicas Nacionais, responsáveis por áreas como banco de tecidos, células-tronco, ética e os principais tipos de transplante de órgãos.