
Você já notou as paredes e pisos da sua casa “suando”, como se estivessem molhados? Esse fenômeno curioso chamou a atenção de moradores de municípios do Paraná, e gerou uma série de dúvidas. Diante da situação, muitos consultaram o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) para entender o que está provocando essa condensação incomum dentro das residências.
Segundo o meteorologista Leonardo Furlan, o fenômeno tem uma explicação simples: a combinação de uma massa de ar frio com a entrada repentina de ar quente e úmido.
“Ao abrir as janelas, o ar quente e úmido entra na casa e condensa o vapor d’água das superfícies geladas”, explica Furlan.
A diferença de temperatura é o que provoca esse “efeito suor” nas paredes. Em Curitiba, por exemplo, a mínima na quarta-feira (25) foi de -0,3°C, e no dia seguinte, já subiu para 7°C e ficou mais quente durante o dia, chegando a 21°C. Com o interior das residências ainda mais frio que o lado de fora, a umidade do novo ar que entra condensa rapidamente.
Esse contraste térmico, conhecido como amplitude térmica, pode continuar nos próximos dias em diversas regiões do estado. Com manhãs frias e tardes mais amenas, o fenômeno pode se repetir em casas que ficaram geladas após a passagem da frente fria.
Como lidar com o “suor” nas paredes?
Para quem se deparar com esse problema, a recomendação é usar ventiladores ou aquecedores para ajudar a dissipar a umidade. Em áreas pequenas, passar um pano com álcool pode ajudar a eliminar o excesso de água.